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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Esquema de agiotagem na mira das investigações

Delegado Marcos Afonso
A polícia já começou a tomar os depoimentos dos envolvidos no esquema de agiotagem no Maranhão, descoberto após a elucidação do assassinato do jornalista Décio Sá. As denúncias envolvem dezenas de prefeituras do Estado no desvio de recursos públicos.

A polícia já está concluindo o relatório das investigações sobre o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido no dia 23 de abril, na Avenida Litorânea, em São Luís. O inquérito deve ser encaminhado para a Justiça ainda esta semana. Na próxima segunda-feira (13), termina o prazo das prisões preventivas dos envolvidos no assassinato do jornalista.

Por enquanto, o deputado Raimundo Cutrim, citado nos depoimentos do assassino confesso, Jhonathan Silva, como um dos mandantes do crime, ainda não foi ouvido. Devem ser ouvidas também outras pessoas, que teriam foro privilegiado e não tiveram seus nomes revelados. "Nós vamos pedir para que o Tribunal de Justiça autorize a oitiva dessas pessoas", revelou Marcos Afonso Júnior, subdelegado geral da Polícia Civil do Estado.

A polícia está providenciando a transferência de Jhonathan para um presídio federal. A partir da próxima semana, a comissão de delegados que investiga o Caso Décio deve se concentrar nas investigações dos crimes de agiotagem envolvendo empresas da quadrilha de Gláucio Miranda, um dos mandantes do crime, e prefeituras do Maranhão.

Marcos Afonso disse também que a polícia ainda não tem um número exato de prefeituras envolvidas no esquema de agiotagem. Na prisão da quadrilha, a polícia apreendeu 22 talões de cheques, além de cheques avulsos, notas fiscais e promissórias de diferentes municípios. Com isto, o número de prefeituras envolvidas no esquema de agiotagem deve chegar a mais de 80.

Alguns funcionários das prefeituras, inclusive prefeitos, que procuraram a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de forma espontânea, foram ouvidos informalmente pelos delegados que investigam os crimes de agiotagem praticados pela quadrilha comandada por Gláucio Miranda.

Em alguns casos, os desvios de verbas da merenda escolar e de compra de medicamentos chegavam a mais de 100%. A polícia também investiga se há participação de funcionários dos bancos onde as prefeituras tinham contas. "Alguns funcionários das agências bancárias podem ter participação para poder apurar quem participou e o que foi feito para poder apurar de forma mais aprofundada", completou o subdelegado.

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