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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Eliziane Gama relembra a agonia do Projeto Salangô

Eliziane Gama visita área do projeto ao lado do prefeito Miltinho Aragão
A deputada estadual e deputada federal eleita, Eliziane Gama (PPS), já começa a fazer algumas incursões pelo interior do estado na busca de conhecer os problemas de determinadas regiões. Como presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Maranhão, a nobre parlamentar esteve recentemente visitando a área do polêmico Projeto Salangô, no município de São Mateus, que serviria para investimentos na agricultura irrigada do estado, ao custo de US$ 63 milhões.

Ao lado do prefeito de São Mateus, Miltinho Aragão, e demais técnicos, a parlamentar do PPS disse ter realizado uma visita técnica, motivada por moradores e agricultores da cidade para conhecer o Projeto Salangô. "Esse projeto teve repercussão nacional e internacional, porque recebeu também recursos internacionais e que depois de décadas a fio, infelizmente, o que temos hoje é um amontoado de equipamentos”, enfatizou Eliziane Gama.

Em discurso na tribuna da Assembleia, ela esclareceu que o Projeto Salangô foi planejado para ser um dos maiores investimentos na agricultura de irrigação do estado, direcionado aos pequenos produtores da região desde a sua concepção, ainda na década de 1990. "O projeto de 63 milhões de dólares, funciona de forma precária, sem a estrutura adequada", destacou a deputada.

Dos 2.600 hectares de terra fértil, apenas 600 estão sendo utilizados para a plantação de arroz através do sistema de irrigação por inundação. "Nos depósitos, se constatou durante a visita um grande desperdício de materiais abandonados, há anos, como: Torneiras, canos e bombas, que deveriam ser utilizados no processo de produção. O Projeto originário recebeu recursos da ordem de quase R$ 200 milhões; infelizmente, acabou ficando no meio do caminho. Há uma tubulação feita de 54 km, e valas, ou melhor, áreas que foram realmente transformadas e canais de irrigação que foram iniciados, mas que infelizmente não foram concluídos, porque a parte final do projeto não foi executada”, disse.

Eliziane Gama questionou a falta de continuidade da plenitude do projeto e disse que apenas 20% do mesmo funcionam atualmente com a produção da monocultura de arroz. Ela lamentou a falta de licenças ambientais e cobrou que as secretarias responsáveis tomem providências.

“O projeto não tem autorização da SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), ou seja, as licenças ambientais não foram emitidas pela falta de estudo técnico de impacto que infelizmente não foi realizados pela falta de recursos. Por isso, estamos encaminhando requerimentos a SEMA, a SAGRIMA e a SEDES que são as duas Secretarias que tocam realmente esse projeto”, informou.

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