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quinta-feira, 13 de abril de 2017

STF mantém investigação contra Sarney na Lava Jato


Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) mantêm investigação contra o ex-presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB), que deve responder na Corte pelas acusações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato. Ele afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que o ex-presidente Sarney recebeu R$ 16,25 milhões em propina, pagos em dinheiro vivo, entre 2006 e 2014. Outros R$ 2,25 milhões em recursos obtidos de forma ilegal teriam sido pagos por meio de doações legais, totalizando R$ 18,5 milhões.

O dinheiro era proveniente, conforme Machado, de contratos da subsidiária da Petrobras com diversas empresas. O acordo de delação premiada, que pode reduzir eventuais penas do ex-presidente da Transpetro em caso de condenação, foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

A íntegra dos depoimentos, que soma 400 páginas, foi tornada pública com a quebra do sigilo. Segundo Machado, além de José Sarney, outros 19 políticos de seis partidos receberam propina de contratos da subsidiária da Petrobras com construtoras. O PMDB, responsável pela indicação de Machado, teria arrecadado, no total, R$ 100 milhões, informou o delator.

O ex-presidente da Transpetro relatou aos investigadores que foi procurado por José Sarney, em 2006. No encontro, Sarney teria relatado “dificuldades em manter sua base política no Amapá e Maranhão, e pediu ajuda”. O primeiro repasse, conforme Machado, foi de R$ 500 mil em espécie. A partir de 2008, os pagamentos passaram a ser anuais.

Os advogados alegaram que ex-senador Sarney deve responder às acusações no Supremo. Para a defesa, os fatos estão relacionados a crimes que teriam sido cometidos por outros senadores, que também são investigados na Corte e têm foro privilegiado.

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