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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Influências políticas no judiciário pairam sobre o estica e puxa de Zé Vieira


É evidente que o afastamento ou a volta ao cargo do prefeito de Bacabal, Zé Vieira (PP), interessa a dois grandes grupos políticos do Maranhão. De um lado, o grupo Sarney, que aguarda a cassação do mandato do gestor para colocar no pódio do município o segundo colocado nas eleições de 2016, o deputado estadual Roberto Costa (PMDB), afilhado do senador João Alberto Souza (PMDB).

Na outra ponta, estaria o interesse explícito do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) em manter o prefeito na função, já que Zé Vieira não esboça nenhuma insurgência política e nem deve incomodar o chefe comunista na busca pela reeleição ao Palácio dos Leões, em 2018.

Essa espécie de "estica e puxa" de Zé Vieira na Prefeitura de Bacabal vai mais além do que a nossa vã filosofia. E o pior é que no meio dessa celeuma aparece o Judiciário maranhense que vai tirando e botando o senhor senil no cargo. 

Na semana passada, Zé Vieira foi afastado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Edvan Brandão (PMDB), tendo assumido o cargo o vice-prefeito Florêncio Neto (PHS). No apagar das luzes do mês de outubro, a desembargadora Cleonice Freire retornou o gestor à Prefeitura de Bacabal.

Já na última quarta-feira, 1, uma nova decisão do desembargador José de Ribamar Castro, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão, cassou a decisão que determinava a volta de Zé Vieira à Prefeitura de Bacabal.

O magistrado entendeu que Zé Vieira cometeu ato de improbidade administrativa em ter buscado a promoção pessoal na condição de gestor público, revelando conduta abusiva e censurável, o que viola os artigos 5º e 37 da Constituição Federal.

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