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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Até aonde vai a culpabilidade do delegado Bardal?


Ainda custa a cair a ficha que o delegado Tiago Bardal, exonerado da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), possa estar envolto no manto da corrupção e intrinsecamente ligado a uma suposta organização criminosa de contrabando de cigarros, uísque, armas e munições, saídos do Suriname, país do norte da América do Sul, com entrada ilegal no Maranhão pelo litoral.

Mas tudo isso, as investigações do aparato de Segurança Pública do Estado devem revelar à sociedade maranhense, ao passo que as provas materiais forem aparecendo. É preciso ter cautela nesse momento!

Vale lembrar que a atividade criminosa em questão foi desarticulada na noite da última quarta-feira, 21, e madrugada de quinta-feira, 22, quando quatro policiais militares e outros sete suspeitos foram presos durante uma grande operação deflagrada na comunidade Arraial, no bairro Quebra Pote, situado na zona rural de São Luís. 

Esta já é considerada a segunda maior organização criminosa do Maranhão dos últimos 20 anos, envolvida com tráfico de armas, drogas e outras mercadorias como uísques e cigarros.

A informação da exoneração foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão, Jefferson Portela, e o comandante da Polícia Militar do Maranhão, Coronel Pereira, em coletiva durante a tarde. Na noite desta quinta-feira, o delegado Tiago Bardal prestou depoimento na Superintendência Estadual de Prevenção Combate à Corrupção (SECCOR), localizada no São Francisco. As informações foram confirmadas pela assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/MA).

O delegado Tiago Bardal foi encontrado por uma patrulha da Polícia Militar em estrada onde a organização criminosa operava, que seria investigada na Operação ‘Combate à Corrupção’. De acordo com o secretário Jefferson Portela, Bardal foi encontrado acompanhado por um homem estranho ao serviço público. “Nada justifica a presença dele no local porque ele não estava em operação policial”, explicou o secretário.

Os policiais detidos na operação durante a manhã foram levados para o Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão e os outros foram encaminhados para a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção (SECCOR). Durante a operação, foram apreendidos veículos, sendo um carro de passeio, uma caminhonete, duas carretas, além de armas (pistolas, revólveres e escopetas), caixas com garrafas de uísques  e uma grande quantidade de cigarros. Também foi localizado um depósito com mais caixas de uísque, que seriam produtos contrabandeados do grupo envolvido com a organização criminosa.

Bardal dá entrevista

Em entrevista exclusiva ao programa Ponto e Vírgula, da rádio Difusora FM, concedida por volta das 18h40 de quinta-feira, o delegado Tiago Bardal se queixou que passou o dia todo trabalhando normalmente e que em nenhum momento foi chamado para depor e apresentar a versão oficial dos fatos. 

“Dois policiais me abordaram horas antes da operação. Todos os que foram presos, nenhum me conhece, nunca me viu”, disse ele em entrevista (ouça o áudio na íntegra abaixo).

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