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segunda-feira, 14 de maio de 2018

A morte de um dos ícones da política maranhense


Sem sombra de dúvida, o Maranhão perdeu neste início de semana uma das figuras mais controvertidas da política no estado. Trata-se de Epitácio Cafeteira Afonso Pereira, 93, filho de José Justino Pereira do Café e Eudóxia Afonso Pereira.

Natural da cidade de João Pessoa, na Paraíba, Cafeteira iniciou sua carreira política no Maranhão ao ser eleito suplente de deputado federal pelo PR, em 1962, chegando a exercer o mandato mediante convocação.

Três anos depois, foi eleito prefeito de São Luís, tendo sido considerado um dos melhores gestores da capital maranhense pelo MDB, após a imposição do bipartidarismo pelos militares e por esse mesmo partido foi derrotado ao disputar o Senado 1970.

Sua figura pública sempre teve uma ligação direta com o ex-presidente José Sarney, cuja relação política não era um mar de tranquilidade, oscilando ora sendo aliado, ora adversário.

A primeira ruptura entre Cafeteira e Sarney ocorreu no início da década de 70, quando ele foi eleito deputado federal pelo MDB, em 1974 e 1978, chegando a presidir o diretório regional do partido no Maranhão.

Ao longo das décadas seguintes, Cafeteira sempre esteve integrado ao PMDB, sendo reeleito deputado federal em 1982, tendo seu adversário Sarney assumido a presidência da República em 1985.

Em 1986, Cafeteira fez as pazes com Sarney e foi eleito governador do Maranhão, com um percentual acima de 80% de votos válidos.

No ano de 1990, Cafeteira renunciou ao governo, deixou o PMDB e se filiou ao PDC, tendo sido eleito senador da República, forçando o então adversário José Sarney a deixar o Maranhão para ser candidato a senador pelo Amapá.

Naquele época, pesaram na decisão fatores como a melhor articulação de Cafeteira junto às forças políticas do estado e o desgaste de Sarney durante sua gestão na Presidência da República e o fato de que o Amapá elegeria três senadores, ao invés de um, como o Maranhão.

Sua última eleição vitoriosa foi em 2006, quando Cafeteira foi eleito novamente ao Senado pelo PTB, tendo cumprido os oito anos de mandato, mesmo estando com a saúde comprometida, numa cadeira de rodas.

Falecimento

Na noite de domingo, em sua residência, em Brasília, Cafeteira morreu aos 93 anos de idade, mesmo estando monitorado por uma Unidade de Terapia Intensiva. O político controvertido deixou a esposa, uma filha e netos.

Seu corpo está sendo velado no plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão e será sepultado no Cemitério do Gavião, área central de São Luís.

Descanse em paz!!

Um comentário:

  1. Todo político quando morre desaparecem os defeitos, pois só aparecem as virtudes.

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