A Petrobrás jogou a última pá de cal na construção das refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará. O diretor de Abastecimento da estatal, Jorge Celestino Ramos, anunciou, em audiência na Câmara Federal, nessa última quarta-feira, 8, que a Petrobras está negociando com os governos dos estados do Ceará e Maranhão a devolução dos terrenos e cancelando convênios que haviam sido firmados. A negociação, segundo ele, é uma exigência da legislação, pois a empresa precisa dar baixa nos ativos que não usará mais.
O Governo do Ceará não havia sido comunicado pela Petrobras sobre a devolução dos terrenos. Mesmo com o anúncio do cancelamento do empreendimento, o Governador Camilo Santana (PT) chegou a pedir aos cearenses para não desistirem do sonho da refinaria.
Segundo Jorge Celestino, os Governos do Ceará e do Maranhão não foram avisados com antecedência porque a legislação das sociedades anônimas exige que o mercado seja informado em primeiro lugar. Isso foi feito por meio de um Fato Relevante divulgado em janeiro.
“A gente entende que essa não foi a melhor forma de discutir o assunto”, reconheceu Ramos, após questionamento do deputado Weverton Rocha (PDT-MA). Somente no Ceará, o Governo do Estado investiu mais R$ 700 milhões em obras de infraestrutura para receber a refinaria. Parte dos recursos foi destinada à terraplanagem do terreno onde será construída a refinaria no Pecém.
Durante a audiência na Câmara Federal, Jorge Celestino disse, ainda, que a decisão da Petrobras de cancelar a construção de duas unidades de refino no Maranhão e no Ceará (Premium I e II) não tem relação com os efeitos da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na companhia, e foi motivada apenas por fatores econômicos.
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