Apenas o deputado federal do Maranhão, Gildenemir de Lima Sousa, mais conhecido pela alcunha de Pastor Gil (PL), aparece na lista dos 66 parlamentares, entre senadores e deputados, que apoiaram as manifestações antidemocráticas de 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, articuladas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
As manifestações de apoio foram registradas nas redes sociais dos parlamentares que prestigiaram os atos que foram marcados por ataques do presidente da República a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vale ressaltar que os atos antidemocráticos pediam também o fechamento do próprio Congresso Nacional, ao qual o nobre deputado representa em Brasília.
Depois de ter descido a lenha no vice-governador Carlos Brandão (PSDB), no sábado passado, 4, e insinuado, em entrevista ao Sistema de TV Centro Norte, de Presidente Dutra, que o tucano "nasceu para ser vice", eis que o senador Weverton Rocha (PDT) tentou diminuir a alta temperatura e a animosidade nas hostes do Palácio dos Leões com um vídeo caseiro dizendo que: "na vida pública quem acerta não faz mais do que sua obrigação e quem erra, deve se desculpar".
O vídeo divulgado, na última terça-feira, 7, pelo senador pedetista tenta passar a mão na cabeça do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), que não teria gostado nenhum pouco da atitude tresloucada do parlamentar aliado, que busca ser o candidato com a chancela do grupo dinista, na corrida sucessória ao governo do estado, nas eleições de 2022.
O problema é que na mesma linha de pré-candidatos governistas, que incomodam, está a figura do vice-governador Brandão, considerado entre membros da ala dinista como fiel escudeiro do chefe do Executivo estadual.
No entanto, Weverton já deixou claro não ser submisso a nada e que se não for o escolhido do governador socialista, será candidato de si mesmo, dando mostras que não irá esperar a palavra final do governador Flávio Dino para botar o bloco na rua. Até porque, o parlamentar já vem botando não só o bloco, mas também o pé na estrada eleitoral.
Uma pergunta que não quer calar nesse momento: após as desculpas de Weverton, Dino e Brandão deixarão de lado o que passou e perdoar o intrépido senador pedetista?
Veja abaixo a íntegra do vídeo com as desculpas de Weverton
A direção nacional do PSDB está convocando reunião de emergência para discutir a abertura do processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ainda não há uma data definida, o que deve ficar acertado após o feriado da Independência.
A pauta emergencial deve ser puxada pelo presidente nacional do ninho tucano, o ex-deputado federal Bruno Araújo, que acredita já ter motivos suficientes para afastar do cargo o presidente da República por incitação a atos antidemocráticos no Brasil.
Segundo o dirigente do PSDB, a emergência se dá mediante às "gravíssimas declarações do presidente no dia de hoje".
Bolsonaro voltou a atacar ferozmente o Supremo Tribunal Federal e exigiu que o presidente do STF, ministro Luiz Fux, "enquadre" o ministro Alexandre de Moraes, que é o relator dos inquéritos que atingem a base bolsonarista, por suposto financiamento de atos antidemocráticos e divulgação massiva de fake news.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), usou as redes sociais neste 7 de setembro, dia em que se comemora os 199 anos da Independência do Brasil, para lembrar que atos patrióticos merecem respeito às instituições da República, numa crítica às ácidas investidas bolsonaristas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
Dino disse ainda que o verdadeiro patriotismo prega o cumprimento da legalidade democrática no país e mantém o devido respeito à Constituição Federal.
Só existe verdadeiro patriotismo com respeito às instituições da República e cumprimento da legalidade democrática.
Viva a Constituição, nosso escudo contra arruaceiros, milicianos e demais criminosos. Viva o Brasil !
Atendendo a um pedido da Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),autorizou a prisão do influenciador bolsonarista, Márcio Giovani Nique, conhecido como "Professor Marcinho". A prisão, ocorrida em Santa Catarina na véspera das manifestações de sete de setembro, é preventiva - ou seja, não tem data para acabar.
As informações foram primeiro reveladas pelo site "O Globo". No histórico de Professor Marcinho estão ameaças diretas ao ministro Alexandre de Moraes: em um vídeo recente, o bolsonarista indicou que um empresário estaria pagando pela morte do ministro indicado por Michel Temer à suprema corte, e que hoje é considerado o principal antagonista da agenda bolsonarista no Judiciário.
"Não vou falar agora quem é, mas existe: pode me torturar, mas tem um empresário grande aí que tá oferecendo...tem até uma grana federal que vai sair o valor pela cabeça do Alexandre de Moraes. Vivo ou morto, para quem trazer ele", começa o influenciador, durante uma live ocorrida recentemente. A ameaça, então, passa a ser geral aos onze ministros do STF: "Demorou mas aconteceu: agora ministro do Supremo vai ter prêmio pela cabeça deles."
Maiores informações acesse o link abaixo do Congresso em Foco:
