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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Advogado preso na Lava Jato e solto pelo STF quer manter negociações de compra da TV Difusora


A pergunta que não quer calar no momento é se com a soltura do advogado Willer Tomaz (foto), ocorrida na última terça-feira, 1º, continuarão sendo mantidas as negociações com o empresário Edinho Lobão para a venda do patrimônio da Rádio Difusora FM e da TV Difusora. 

O pool do grupo de comunicação continua sendo arrendado para o advogado, que dispõe de emissoras em Brasília, e que mantém forte ligação com o deputado federal Weverton Rocha (PDT) e com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Até agora, Edinho Lobão não se manifestou sobre o assunto.

A soltura do causídico Willer Tomaz foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que também mandou soltar o procurador da República, Ângelo Goulart,. Os dois são acusados de receber mesada de R$ 50 mil do empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS, empresa investigada na Operação Lava Jato. 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o advogado Willer Tomaz usou de sua relação com o procurador da República, Ângelo Goulart Villela, integrante da força-tarefa da Greenfield, para obter informações sigilosas sobre a operação e repassar a seus clientes. Ângelo chegou a gravar ilegalmente depoimentos prestados por colaboradores da Justiça. Pelas informações apuradas, o advogado pagava R$ 50 mil mensais ao procurador. Os dois estão presos no Batalhão da Polícia Militar na Penitenciária da Papuda

No entendimento do subprocurador-geral da República Rogério de Paiva Navarro, ainda que Willer Tomaz tenha bons antecedentes, residência fixa e seja réu primário, sua liberdade causaria transtorno à ordem social. A relação entre o advogado e o procurador “não se tratava de mera casualidade ou amizade destituída do interesse na obtenção de vantagens ilícitas, mas estava calcada em um vínculo permanente, prévio e forte, a ponto de Willer Tomaz deter informações acerca de atos futuros do senhor procurador-geral da República.”

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