Somente dois dos 11 acusados de participar da trama que resultou na morte do jornalista Décio Sá, assassinado a tiros na Avenida Litorânea há exatos dois anos, foram julgados até agora. O assassino confesso, Jhonathan de Sousa Silva, e o homem que pilotava a motocicleta que deu transporte ao pistoleiro, Marcos Bruno Silva, foram condenados a 25 anos e três meses e 18 anos e três meses de prisão em regime fechado, respectivamente, em fevereiro deste ano.
A condenação veio em fevereiro deste ano, após dois dias de sessão na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum de São Luís. Jhonathan cumpre pena na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e ainda vai responder a processo pelo assassinato do empresário Fábio Brasil, o Júnior Foca. Já Marcos Bruno Silva cumpre pena no Presídio São Luís I, do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Segundo a Justiça, ele também responde processo por falsidade ideológica.
Noite do crime
Décio Sá foi assassinado com cinco tiros, por volta de 23h de segunda-feira, 23 de abril de 2012, quando estava em um bar na Avenida Litorânea, na orla marítima de São Luís - um dos principais pontos de turismo e lazer da capital maranhense.
O jornalista, que era repórter da editoria de política do jornal O Estado do Maranhão, há 17 anos, também publicava conteúdo independente por meio do Blog do Décio, um dos blogs mais acessados do estado na época.
Segundo o inquérito policial, Décio Sá deixou a redação por volta de 22h, pegou o carro e foi até o bar, onde teria pedido uma bebida e uma porção de caranguejo. Ele estava à espera de dois amigos e falava ao celular quando foi surpreendido pelo pistoleiro Jhonathan de Sousa Silva, que o atingiu com cinco tiros, três no tórax e dois na cabeça.
De acordo com informações da polícia, o jornalista foi morto porque teria publicado, no Blog do Décio, reportagem sobre o assassinato do empresário Fábio Brasil, o Júnior Foca, envolvido em uma trama de pistolagem com os integrantes de uma quadrilha encabeçada por Glaucio Alencar e José Miranda, suspeitos de praticar agiotagem junto a mais de 40 prefeituras no estado.
Décio Sá tinha 42 anos, era casado e tinha uma filha. Sua esposa, Silvana Sá, estava grávida quando o marido foi assassinado.
Com informações do G1 MA