A Justiça Federal do Maranhão já encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) todo processo da suposta corrupção em contratos firmados entre a empresa Construservice e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), revelando uma relação amistosa entre o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e o empreiteiro Eduardo José Barros Costa, mais conhecido por Eduardo DP, sócio oculto da Construservice.
O esquema de corrupção é apontado pela Polícia Federal no conjunto das investigações deflagradas pela Operação Odoacro e tem como fonte o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que mostram a Construservice e mais outras duas empresas suspeitas de pagamento ilícitos a Carlos Roberto Lopes, ex-assessor do deputado Josimar de Maranhãozinho.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontam que as investigações da PF mostraram que a Construtora Madry, que seria de propriedade do deputado maranhense, transferiu R$ 100 mil para a E.R. Distribuição de Asfalto, que também tem como sócio oculto Eduardo DP, o "Imperador". O valor teria sido repassado em setembro de 2019 e o mesmo mês do ano seguinte.
A Folha revela ainda que a PF descobriu que repasses de R$ 25 mil da empresa Águia Farma, que também seria de propriedade do parlamentar liberal, mas na condição de sócio oculto, foram feitos à Construservice.
O caso agora passa a ser de competência do STF e deve gerar desdobramentos no pleno da mais alta Corte de justiça do país em breve.