Foram apreendidas mais de 1 mil cestas básicas, avaliadas mais de R$ 60 mil, que seriam usadas pela coligação "Balsas que dá certo" para compra de votos. A operação se originou em uma denúncia protocolada no MPE pelo candidato Alan da Marissol (PRD)
O material seria da coligação " Balsas que dá certo", liderada pelo vice-prefeito da cidade e candidato a prefeito, Celso Henrique (Progressistas), e pelo presidente da Câmara Municipal da cidade, Moisés Coelho (PDT).
A operação policial é um desdobramento da denúncia de abuso de poder político e econômico e compra de votos, protocolada pelo empresário e candidato a prefeito Alan da Marissol (PRD) no Ministério Público Eleitoral (MPE) da 22° Zona Eleitoral, de Balsas.
Na representação, o peerredebista relatou dois fatos ocorridos nessa quinta-feira (3) para dar sustentação à acusação: o uso indiscriminado da máquina pública municipal para distribuição de cestas básicas e a compra de votos, com retenção de documentos de eleitores.
"Protocolei uma representação contra o candidato Celso Henrique e a coligação "Balsas que dá certo" por compra de votos nesta eleição. Temos vídeos mostrando um volume grande de cestas básicas sendo retiradas de um prédio no Centro e, em seguida sendo colocadas em um caminhão. Todas foram deixadas em um galpão na rua 11, na Açucena Velha. Isso, há três dias da votação para definir o novo prefeito de Balsas" relatou Alan da Marissol, logo após denunciar os fatos ao MPE.
COMPRA DE VOTOS
O candidato Alan da Marissol ainda contou que uma outra situação envolvendo valores e um candidato a vereador de um partido da base de apoio do atual vice-prefeito foi relatada ao MPE. "Também relatamos o caso de um candidato a vereador suspeito de apreender titulos de eleitores da nossa cidade, sob o pagamento de R$100 para cada eleitor que entregasse o documento. Temos vídeos e áudios que comprovam o que relatei", contou.
Segundo a denúncia protocolada no MPE, o candidato a vereador Jorge Cury Neto vem aliciando eleitores para obtenção de votos mediante o pagamento de “gratificação”, por meio de um grupo do aplicativo de mensagens whatsapp intitulado “Jorge Cury Neto”.
"No referido grupo, a coordenadora, Sra. Adelina Neiva, pede aos integrantes que mandem fotos dos títulos de eleitores para que possam receber um prêmio no dia 04.10.2024 (sábado), com a finalidade de angariar votos para o candidato representado. Além de tudo, reiteradamente, a coordenadora do grupo requer aos integrantes que ‘encarecidamente não comentem nada com ninguém e nem fiquem passando as mensagens’, como forma de tentar ocultar a prática da justiça eleitoral.", diz a denúncia encaminhada ao Ministério Público Eleitoral.
HISTÓRICO
Esse não é o primeiro episódio em que Alan da Marissol precisa solicitar a intervenção judicial para coibir ou punir atos ilícitos de partidário de Celso Henrique. Ainda no período de pré-campanha, o peerredebista denunciou cinco funcionários públicos municipais, dentre eles um subsecretário da prefeitura de Balsas, por disseminação de Fake News, o que acabou levando à condenação do grupo de servidores.
Além disso, dois vereadores do grupo político liderado por Alan da Marissol, Fernanda Zottis (PRD) e Floriano Teixeira (PL) denunciaram formalmente ao Ministério Público o uso de oito ônibus de transporte escolar para levar apoiadores de Celso Henrique para o lançamento de sua pré- campanha.
"Mais uma vez combato pela via legal crimes contra a democracia, que podem comprometer o resultado das urnas e a verdadeira vontade do povo de Balsas. Denunciei na Polícia Federal casos de Fake News contra mim, e cinco apoiadores deles hoje estão respondendo a processo na Justiça Federal", lembrou.
"Fiz minha campanha limpa do começo ao fim. E assim seguirei até o último dia de campanha: combatendo o roubo da consciência das pessoas.", finalizou Alan da Marissol.