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domingo, 2 de junho de 2024

Paula da Pindoba tenta demonstrar humildade após ser afastada da Prefeitura de Paço do Lumiar


Chamou atenção nos bastidores políticos o forte apelo emocional manifestado pela prefeita de Paço do Lumiar, Paula da Pindoba (PCdoB), após ter sido afastada de suas funções no comando do município, por um período de 50 dias, após decisão da desembargadora Maria das Graças Peres Soares de Amorim, do Tribunal de Justiça do Maranhão, atendendo a um pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE).

Nas redes sociais, a ex-agricultora familiar e atual gestora afastada do município luminense disse acreditar na justiça e tenta demonstrar serenidade e um comportamento humilde na tentativa de sensibilizar a população, ressaltando também estar sendo vítima de uma trama política ardilosa que a teria afastado temporariamente do cargo.

"Enfrentamos este momento com serenidade e humildade, apresentando nossa defesa e nos apresentando sempre à disposição das autoridades competentes", declarou a comunista Paula da Pindoba.

A tensa crise atual em Paço do Lumiar, cidade que faz parte da região metropolitina da Grande São Luís, respinga diretamente na pré-candidatura do presidente da Câmara Municipal, vereador Jorge Maru, que vem tendo o apoio da prefeita afastada.

O afastamento de Paula Azevedo tem um prazo de 50 dias, período em que o GAECO continuará investigando possíveis irregularidades em sua gestão. A secretária municipal de Administração, Flávia Virginia Pereira, também foi afastada de suas funções.

Suspeitas de irregularidades

O pedido do Ministério Público, que resultou no afastamento de Paula da Pindoba e de sua auxiliar, teria ligações com uma adesão a uma Ata de Registro de Preços do município de Altos, no Piauí, para aquisição milionária de aparelhos de ar condicionado e ventiladores para escolas municipais e unidades básicas de saúde.

A adesão por parte da Prefeitura de Paço do Lumiar teria sido feita de forma irregular, segundo as investigações, também constatando-se, após inspeções in loco, malversação dos recursos públicos e enriquecimento ilícito, por exemplo.

Foi pedido, ainda, pelo Gaeco a quebra do sigilo bancário e fiscal de Paula da Pindoba e de Flávia Virginia Pereira. As gestoras afastadas estão proibidas de frequentar prédios públicos e manter contato com outros agentes integrantes da administração municipal.

Com a manutenção da decisão judicial pelo afastamento de Paula da Pindoba, quem deve comandar os destinos do municípios pelos próximos dias é o vice-prefeito Inaldo Alves Pereira.

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