Um questionamento momentâneo que não quer calar: Qual seria mesmo a intenção do governador Flávio Dino (PCdoB) em privatizar a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA). O pior é que o órgão possui uma enorme dívida patrimonial ainda não revelada. E quem hoje estaria interessado em adquirir e gerenciar um estorvo desses?
Esse mesmo questionamento foi feito na sessão da última quarta-feira, 12, no plenário da Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Eduardo Braide (PMN). Na oportunidade, o parlamentar apresentou requerimento à Mesa Diretora da Casa, solicitando detalhes técnicos convincentes ao governo sobre a real intenção de Flávio Dino em privatizar a Caema.
O parlamentar aproveitou ainda para questionar a contratação pelo BNDES, da “prestação de serviços técnicos especializados ao processo de desestatização dos serviços de saneamento básico”, executados no estado, pela Companhia.
“O nosso dever enquanto deputado é descobrir qual a intenção do Governo do Estado sobre a Caema. Se a intenção é privatizar, quem primeiro deveria saber disso, seriam os trabalhadores da Companhia, que acabam ficando na incerteza, apreensivos, com futuro da empresa. E com a contratação de serviços para a consulta e preparação de desestatização da Caema, torna-se necessária uma posição oficial por parte do governo do estado sobre o assunto”, afirmou Eduardo Braide.
O serviço técnico para consulta e preparação de desestatização da Caema é objeto da licitação realizada pelo BNDES, por meio do edital n° 16/2017, já tendo uma empresa vencedora do processo. “O edital do pregão eletrônico Nº 16/2017 do BNDES, no seu item 11.1.1, que trata do pagamento, é claro ao estabelecer que a conclusão de uma das etapas do serviço, só ocorrerá, quando da assinatura do contrato de desestatização decorrente da licitação do projeto. Com isso, a licitação não deixa dúvidas quanto a real intenção de privatizar a Caema”, informou o deputado Eduardo Braide.