Banner Betano


WEB RÁDIO ONDA AZUL

quarta-feira, 19 de abril de 2017

O que dirá o Rede já que Marina também aparece nas planilhas da Odebrecht?

Marina Silva ao lado da deputada federal Eliziane Gama (PPS) e do ex-juiz federal e advogado Márlon Reis
E agora, o que dirá o advogado do partido Rede Sustentabilidade (Rede), o ex-juiz federal Márlon Reis, virtual candidato ao governo do Maranhão, em 2018, já que as delações da construtora Odebrecht na Lava Jato confirmaram que a empresa doou, oficialmente, a quantia de R$ 1,25 milhão à campanha da ex-senadora e ex-ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, nas eleições de 2014, após um encontro da então candidata à Presidência da República com o herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, em um hotel perto do aeroporto de Guarulhos.

Em acordo de delação premiada, Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, descreveu a reunião como "institucional". No entanto, até o momento Marina não é investigada na Operação Lava Jato. "Houve uma conversa de Marcelo (Odebrecht) com ela, onde foram colocados posicionamentos, valores culturais, não monetários, e estratégias. A partir daí eu fui encarregado de procurar o senhor Álvaro de Souza e nós doamos essa quantia", disse o delator. Ele declarou ainda que não houve nenhuma contrapartida para a doação. "O Marcelo não conhecia ela, nem eu. Foi muito mais uma conversa de apresentação".

Alexandrino disse que, naquele ano, ficou responsável por atuar diretamente nas doações da empreiteira para as campanhas presidenciais de Marina e Dilma Rousseff (PT), que recebeu R$ 7 milhões declarados à Justiça Eleitoral. As conversas sobre a campanha petista ocorriam entre Alexandrino e o ex-ministro e então tesoureiro Edinho Silva. "Edinho nos procurou e solicitou as doações e nós doamos esse valor", afirmou.

Questionado sobre a diferença expressiva entre as quantias doadas às candidatas, Alexandrino disse que a empreiteira "tinha um relacionamento mais antigo" com Dilma. "Pelo timing, pela história toda que aconteceu, porque o candidato, no caso da Marina Silva, até então era Eduardo Campos (PSB). E aí teve esse fato. Enquanto isso, as conversas da Dilma já vinham acontecendo. Tinha um relacionamento mais antigo", disse.

Em outro trecho de seu depoimento, Alexandrino declarou que também pagou "‘vantagens indevidas, não contabilizadas" à campanha de Dilma, em 2014. Segundo o delator, os repasses foram feitos por intermédio do assessor Manoel Araújo Sobrinho e a pedido de Edinho. Após suspeitar que estava sendo monitorado pela Polícia Federal, o então tesoureiro da campanha de Dilma teria evitado encontros com o ex-diretor da Odebrecht.

Marina se defende das acusações

Em nota, o comitê de captação da candidatura presidencial de Marina Silva em 2014 afirmou que foi procurado pela empresa Odebrecht para conhecer as suas propostas. "Houve uma reunião com o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, e outros dirigentes, onde foram expostas as principais propostas para o desenvolvimento sustentável do país. A reunião ocorreu no hotel Pullman Guarulhos, em sala ao lado do saguão de entrada, em função da agenda de viagens de Marina Silva. Nessa reunião, não se abordou nenhum assunto referente a financiamento de campanha", afirma a nota.

Segundo a assessoria de Marina, as empresas do grupo Odebrecht realizaram depósitos de R$ 98.574,41 por meio da empresa Odebrecht Ambiental (2 depósitos) e de R$ 500.000 por meio da empresa Ecosteel Gestão de Águas Industriais para a campanha, conforme consta na prestação de contas apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante o período eleitoral, o PSB recebeu doação da Construtora Norberto Odebrecht de R$ 600.000 ao Diretório Nacional, que não foram direcionados para a campanha presidencial de Marina Silva.

"É importante ressaltar que todos os depoimentos e demais documentos coletados pela operação Lava-Jato, como planilhas, mensagens de celular e troca de e-mails estão em posse do Ministério Público Federal que considerou, no cruzamento dessas informações, que não havia elementos que justificassem o pedido de abertura de inquérito ou o encaminhamento às demais instâncias da Justiça", diz a nota.

Em nota divulgada em 2 de março, quando o caso veio a público pela primeira vez, Marina disse confiar no trabalho da Justiça e defendeu "urgência para mudar o sistema político corrompido e viciado que tem maculado a nossa democracia". "Qualquer acusação de doações irregulares em eleição, para campanha de quem quer que seja, deve ser rigorosamente investigada para que não paire nenhuma dúvida ou suspeita", afirmou.

PSDC lança Movimento Comunitário Estadual e se prepara para 2018


O Partido Social Democrata Cristão (PSDC) lançou, em reunião realizada na sexta-feira passada, 7, o Movimento Comunitário Estadual (MCE), na sede da legenda em São Luís, situada na Avenida Ana Jansen, no bairro do São Francisco. Na oportunidade, o líder comunitário da área Itaqui-Bacanga, Sebastião Santos, foi chamado pelas direções municipal e regional do PSDC para presidir a nova agremiação, com o aval do presidente estadual do partido no Maranhão, Antonio Aragão, e do dirigente municipal da legenda na capital, Alan kardec. O evento contou a presença do vice-prefeito de Carutapera, Milton Maia.

"Vale ressaltar que na reunião, vários temas foram discutidos a exemplo de principais políticas públicas essenciais a serem defendidas pelo Movimento Comunitário Estadual do PSDC na capital e em demais municípios, como atrativos que motivaram as lideranças e militância assim como as direções e demais segmentos partidários a tomarem essa iniciativa", declarou Sebastião Santos (foto abaixo).

O líder comunitário Sebastião Santos faz uma explanação das novas diretrizes do PSDC para 2018 no Maranhão
Na ocasião, a militância destacou o amadurecimento do PSDC em estender as discussões não só na capital como no interior do estado. "Todos ficaram muito otimistas com as temáticas discutidas com referência principalmente às lutas comunitárias do Movimento MACAIB na grande São Luís, onde vários ativistas políticos e líderes comunitários que estiveram presentes ao evento, ficaram ansiosos e comprometidos com mais essa bandeira de luta que o Movimento Comunitário Estadual do PSDC passa defender", ressaltou Sebastião Santos.

No encerramento da cerimônia da nova agremiação, o líder comunitário Sebastião Santos destacou a importância do companheiro jornalista Mario Carvalho (titular deste blog) nessa jornada política. "Trata-se de um jovem jornalista e respeitado formador de opinião pública, que passa a despontar como mais uma força política que surge no Maranhão na provável concorrência por uma cadeira ao Senado da República, em 2018, pelo PSDC", enfatizou o líder comunitário ao final da reunião.

"Recarga eletrônica deve voltar nesta quarta-feira", diz Canindé


O secretário municipal de Trânsito e Transportes de São Luís, Canindé Barros (foto), informou ao blog que até por volta das 12 horas desta quarta-feira, 19, a previsão é que o sistema de recarga de créditos de passagens volte à normalidade em todos os terminais de integração da cidade (Praia Grande, Cohab-Cohatrac, São Cristóvão e Maracanã).

Segundo o titular da SMTT, o que houve foi a queima de vários equipamentos eletrônicos que possibilitam a recarga de créditos, por conta da queda de corrente elétrica decorrente das fortes chuvas que têm caído na capital acompanhadas de raios e trovoadas. "Essa queima de equipamentos eletrônicos pode acontecer até mesmo em unidades residenciais, assim como ocorreu com nossos equipamentos", explicou.

Canindé informou que a aquisição de novos equipamentos teve que ser comprado em cidadades como Curitiba e São Paulo, já que não existem aqui. "Esses equipamentos já se encontram em São Luís na fase final de teste para que possamos voltar a operar e reabastecer os créditos de passagens no sistema. Portanto, a volta dos passes escolares foi apenas um paliativo para não deixar os estudantes sem o benefício da meia-passagem", frisou o secretário. 

terça-feira, 18 de abril de 2017

Mais rigor na venda de carnes em São Luís


O secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Ivaldo Rodrigues, informou nesta terça-feira, 18, em entrevista ao programa Bom Dia Maranhão, da TV Difusora, que o comércio da venda de carnes em São Luís passará a ter fiscalização mais rigorosa, com disciplinamento do sistema de comercialização dos mercados, nas próximas semanas. O objetivo é desmontar os pontos de abate clandestino na capital maranhense.

Ivaldo participou de uma reunião com equipes da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Ministério Público do Maranhão, agentes da Polícia Civil e representantes de supermercados, para discutir as estratégias de controle e rigor nas fiscalizações.

“Nós queremos acabar com o abate clandestino em São Luís, porque traz uma série de problemas, principalmente no ponto de vista da saúde pública”, destacou o secretário.

Ele ressaltou que são 30 pontos deste tipo de abate identificados na região metropolitana da Grande Ilha, sendo 16 apenas em São Luís. O abate clandestino implica em carne de baixa qualidade, por não passar por nenhuma inspeção no processo até chegar à mesa do consumidor.


O trabalho dos órgãos também será de reforçar aos supermercados a importância de não comercializarem carne sem selo de inspeção prévia. “Nosso próximo passo é realizar operações para fechar os pontos de abate clandestino”, informou o secretário.

Faixa faz apologia negativa à "honestidade" de Dino




Um internauta, identificado por Silvestre Teles (foto), utilizou o espaço das redes sociais (Facebook) para questionar a "honestidade" do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Nas duas fotos postadas (acima), o internauta faz a menção sobre "Exemplo de Honestidade", utilizando-as como a Imagem do Dia. 

A indignação faz parte do nome do governador comunista ter entrado no rolo compressor da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de que o chefe do comunismo no estado está sob suspeição de ter recebido o valor de R$ 400 mil da Odebrecht, em forma de propina.

Zé Reinaldo quer tirar o pescoço e deixar Ulisses na sanha da Lava Jato


O ex-governador do Maranhão e atual deputado federal José Reinaldo Carneiro Tavares (PSB/foto), aliado de primeira hora do governador Flávio Dino (PCdoB), tem repetido por diversas vezes à imprensa e à mídia o mantra (ritual indiano que tem finalidade mágica) de que não tem nada a ver com as delações da Lava Jato e que não foi ele quem teria cometido crime. 

No entanto, não é isto que diz o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que requer a abertura de inquérito para investigar fatos relacionados ao  nobre parlamentar e ao advogado Ulisses César Martins de Sousa, em razão das declarações prestadas pelos colaboradores João Antônio Pacífico Ferreira (Termo de Depoimento n. 23), Raymundo Santos Filho (Termo de Depoimento n. 3) e Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho (Termo de Depoimento n. 1).

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), narram os colaboradores que Ulisses César Martins de Sousa, na qualidade de Procurador-Geral do Estado do Maranhão, na gestão do então governador José Reinaldo, solicitou vantagem indevida ao Grupo Odebrecht, para facilitar o pagamento de valores devidos à empresa decorrentes de contrato administrativo. 

Advogado Ulisses César Martins de Sousa
O pagamento da propina foi efetuado por meio do Setor de Operações Estruturadas, mencionando-se, inclusive, remessa de recursos financeiros ao exterior sem o cumprimento dos requisitos normativos. Acrescenta-se que o Procurador-Geral exercia cargo de intensa confiança do então Governador do Estado do Maranhão, José Reinaldo Carneiro Tavares, bem como que a expressividade econômica do contrato e a facilidade de adimplemento experimentada após o pagamento da propina, na visão do Ministério Público, sugerem a possível conivência do então mandatário do Executivo, circunstância que demanda apuração aprofundada.

Sustentando o Procurador-Geral da República a existência de fatos que, em tese, amoldam-se às figuras típicas contidas no art. 317 c/c art. 327, §§ 1º e 2° e art. 333 do Código Penal, mais art. 1° da Lei 9.613/1998 e art. 22 da Lei 7.492/1986, postula investigação conjunta e, por fim, o “levantamento do sigilo em relação aos termos de depoimento aqui referidos, uma vez que não mais subsistem motivos para tanto” (fls. 14-15).

Inquérito da PGR contra os acusados:

INQUÉRITO 4.412 (31)
ORIGEM : INQ – 4412 – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR :MIN. EDSON FACHIN
AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S) : JOSÉ REINALDO CARNEIRO TAVARES INVEST.
(A/S) : ULISSES CESAR MARTINS DE SOUSA

A volta do passe escolar e o risco de fraude no sistema


Em menos de duas semanas o sistema de recarga de créditos de passagens ficou fora do ar, deixando milhares de usuários do sistema de transporte sem reabastecer as carteiras estudantis em São Luís, o que tem gerado desconforto e muita reclamação. A situação caótica voltou a acontecer desde as primeiras horas da última segunda-feira, 17, em todos os terminais de integração da capital maranhense.

Para tentar minimizar os problemas gerados, a única medida encontrada pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) foi lançar mão da volta melancólica dos extintos passes escolares para para garantir o direito da meia-passagem (regido por lei) aos estudantes de São Luís, enquanto o problema não é solucionado.


Os passes (foto) começaram a ser vendidos às 16h de ontem e a comercialização seguiu até 20h, na Central de Atendimento ao Estudante, no Monte Castelo, e nos Terminais de Integração do São Cristóvão, Cohab e Cohama.

A venda de passes foi realizada por meio da apresentação do cartão estudantil. Em nota, a SMTT garantiu que está trabalhando para restabelecer o sistema de recarga eletrônico com rapidez. O problema maior do retorno dos passes escolares é a volta também da fraude no sistema de transporte na cidade, por meio da venda indiscriminada em vários pontos da capital. 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Deu na Folha: Flávio Dino prega hostilização a Sérgio Moro


A delação da Odebrecht fez irradiar para além da esquerda a tese de que a candidatura do ex-presidente Lula em 2018 é vital para evitar o extermínio da política. Com o lodaçal lançado sobre diversas siglas, há um trabalho para atrair desde já legendas de centro para a órbita do petista — a começar por caciques do PMDB, que teriam “senso de sobrevivência”. Tudo sob a premissa de que só Lula teria a couraça grossa o suficiente para travar uma batalha campal contra a Lava Jato.


Prova de fogo

A articulação está fora da alçada do PT. Para o governador Flávio Dino (PC do B-MA), a “dinâmica que se desenha é de embate entre o ‘Partido da Lava Jato’ e o Lulismo”. “Há até uma data de lançamento desse confronto: 3 de maio, em Curitiba”, diz. Este é o dia em que Lula irá depor a Sérgio Moro.


* Textos transcritos da coluna Painel do jornal Folha de São Paulo-16-04-2017

Querem acabar com as delações premiadas e deixar a manutenção de foro

Os caciques do PMDB, Romero Jucá, José Sarney e Renan calheiros (todos do PMDB) são amigos de longas datas
Segundo a versão online do jornal El País, o ex- presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB), em recentes investigações da Lava Jato,  é suspeito de se juntar aos senadores Romero Jucá e a Renan Calheiros (ambos do PMDB) para elaborar um audacioso Projeto de Lei para impedir que suspeitos presos na operação desencadeada pela Polícia Federal fizessem delação premiada. 

Em outra investigação, Sarney é suspeito de receber propina no valor de R$ 16,25 milhões, que teriam sido pagos em dinheiro vivo, entre 2006 a 2014. A afirmativa consta da delação prestada pelo ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, Sérgio Machado. Por meio de sua defesa, Sarney nega que tenha recebido propinas ou que esteja envolvido nos crimes investigados pela Lava Jato.

Apesar de não ser contemplado por nenhuma das exigências que beneficiam as milhares de pessoas que têm direito ao foro privilegiado (aquele em que apenas tribunais podem julgá-lo), Sarney acabou recebendo esse benefício, mesmo não exercendo hoje mandato eletivo que justificasse a prerrogativa de foro. Na contramão o jornal aponta que o ex-presidente Lula, que aparece em igual situação na Lava Jato, não dispõe de foro privilegiado. 

O petista é réu em quatro processos e, até o momento, todos serão julgados pelo juiz Sergio Moro, o célere e rígido magistrado responsável pela Lava Jato na primeira instância. No caso de Lula, seus advogados já tentaram elevar os casos para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas não conseguiram porque a Corte entendeu que até o momento não foi comprovado o envolvimento de autoridades com essa prerrogativa.

Manutenção de foro

Quando o STF se posicionou favoravelmente a Sarney, seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a decisão embasaria sua tese de que seu cliente não cometeu nenhum crime. “Como temos absoluta certeza de que a delação [de Sergio Machado] é falsa, oportunista e falaciosa, será fácil demonstrar neste único inquérito que o único crime foi cometido pelo Sergio Machado com a gravação criminosa, ilegal e imoral”, afirmou ao site Consultor Jurídico, especializado nesse tipo de cobertura.

O curioso, no caso de Kakay, é que ele mesmo já defendeu, mais de uma vez, o fim do foro privilegiado. A defesa enfática mais recente ocorreu em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Diz o advogado de Sarney: “Tenho defendido a garantia de foro apenas a presidentes da República, do Supremo, do Senado e da Câmara”.

“O problema do STF é que ele nunca estabeleceu um padrão. O Supremo não definiu esse padrão porque sabe que há um custo político por trás disso e, agora, parece que ele não quer pagá-lo”, afirmou o professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas, Ivar Hartmann. Coordenador do projeto Supremo em Números, da FGV, Hartmann diz que a tentativa de manter os casos nesta Corte tem ao fundo uma esperança de que os crimes prescreverão com maior facilidade.

Um levantamento da FGV mostra que 68% dos processos envolvendo réus com foro privilegiado entre janeiro de 2011 e março de 2016 tiveram um fim que não se espera do Judiciário: os processos ou prescreveram ou foram enviados às instâncias inferiores e protelaram uma decisão. Para chegar a esses dados, os pesquisadores analisaram 404 ações penais que já tiveram alguma conclusão. A pesquisa foi antecipada por alguns veículos de imprensa há cerca de dez dias, mas ainda não foi publicada pela própria instituição, apesar de ter seu resultado confirmado.

Informações como essas reforçam o movimento que pede o fim do foro privilegiado para as autoridades. Atualmente, pelas regras constitucionais a gama de beneficiados por julgamentos distintos do cidadão comum é extensa. Mais de 22.000 pessoas só podem ser julgadas por colegiados, ou seja, por Tribunais de Justiça dos Estados, Tribunais Regionais Federais, Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. Entre os beneficiados estão o presidente da República, seus ministros e seu vice, os governadores, os senadores, os deputados federais e estaduais, os ministros de tribunais superiores, os promotores de Justiça, os procuradores federais, os prefeitos e o procurador-geral da República.

Atualmente, há sete projetos de lei tramitando no Congresso sobre o tema. O que está em estágio mais avançado é a proposta de emenda constitucional (PEC) número 10 de 2013 para extinguir o foro especial em caso de crimes comuns. Aprovada em novembro do ano passado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, ela aguarda que o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), paute sua votação no plenário, algo que não tem data para ocorrer. Oliveira é um dos citados na Lava Jato.

"Por que a sinalização eletrônica foi retirada das vias de São Luís e as obras da BR-135 pararam?", questiona vereador


O vereador Marcial Lima (PEN/foto) usou nesta segunda-feira, 17, a tribuna da Câmara Municipal de São Luís para questionar o secretário de Trânsito e Transportes (SMTT), Canindé Barros, sobre por que as principais vias públicas da capital maranhense amanheceram sem a sinalização eletrônica, que impede que motoristas mais afoitos descumpram a legislação do Código Brasileiro de Trânsito (CBT) com facilidade.

Segundo o parlamentar, no início desta manhã tentou manter contato com o secretário Canindé, mas sem sucesso. "É preciso que o secretário explique o por quê de terem retirado toda sinalização eletrônica da cidade", declarou. Marcial Lima destacou que com os equipamentos funcionando ainda há motoristas imprudentes, imagine sem essa sinalização.

BR-135

Na oportunidade, Marcial Lima aproveitou para criticar a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Maranhão (DNIT) que nada diz sobre a paralisação das obras da rodovia BR-135. "O DNIT do Maranhão é o pior órgão que tem no estado e nada diz sobre essa paralisação da obras na BR-135. Também ainda não ouvi nenhum deputado da bancada federal do Maranhão dizer alguma coisa. Posso até estar errado, mas ainda não ouvi ninguém se manifestar sobre esse assunto que é grave", frisou.

Braga Netto teve participação concreta em atos golpistas, diz PF

O general da reserva Walter Braga Netto teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Es...