Até o momento, o secretário municipal de Fazenda, Delcio Rodrigues (foto), ainda não se manifestou sobre as graves denúncias que pairam sobre a cabeça do secretário de Governo, Lula Filho, acusado de sonegação fiscal aos cofres da área fazendária de São Luís. As acusações apontam para supostas dívidas fiscais de duas empresas ligadas ao secretário Lula Filho, que teriam sido “baixadas indevidamente” do sistema de arrecadação do município.
Na última segunda-feira, 3, o líder do governo municipal na Câmara, vereador Pavão Filho (PDT), disse ter entrado em contato com o secretário de Fazenda, tendo ficado acertado que o titular da Semfaz iria ter, na terça-feira, 4, uma reunião, a portas fechadas, com os 31 vereadores, fato que acabou levando o secretário a admitir a evasão de receita, mas na oportunidade Delcio se defendeu culpando seus antecessores na pasta pela prescrição de dívidas.
Segundo as denúncias, as supostas dívidas tributárias “baixadas indevidamente” são referentes ao período de janeiro de 2012 a maio de 2017, relativo às empresas de propriedade do próprio secretário de Governo: a Sucesso Assessoria e Marketing Esportivo e o Instituto de Desenvolvimento Profissional e Pessoal – ME. A primeira possuía débitos que variavam entre R$ 1,5 mil à R$ 1,9 mil. Enquanto os débitos da segunda eram entre R$ 8,3 mil à R$ 9,5 mil.
Vereadores do grupo de oposição à gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT) já falam em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para apurar supostos desvios de conduta do secretário Lula Filho perante a Semfaz.
A CPI também pretende apurar novas denúncias que surgiram nesta semana contra o homem forte do prefeito Edivaldo. As recentes denúncias referem-se a eventuais débitos relacionados ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) referente a um dos imóveis onde estaria funcionando a Fator E- Consultoria, Planejamento e Treinamento Empresarial, uma das empresas ligadas ao secretário.