O ex-presidente e atual vice da Câmara Municipal de São Luís, Astro de Ogum (PR), começa a suspeitar de que investigações políticas direcionadas o levaram a prestar depoimento à polícia, sob acusações de envolvimento na prática de crime de estupro de um adolescente (?) mediante fraude. Dois assessores seus continuam presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas sob as mesmas suspeitas.
Vale ressaltar que o caso está sendo apurado pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), órgão ligado ao governo Flávio Dino (PCdoB). Apesar disso, o delegado Odilardo Muniz afirma que em nenhum momento o parlamentar está sendo acusado de violência ou pedofilia.
"Em seu depoimento, ele se deu ao direito de ficar calado e só falar em juízo sobre o caso envolvendo o delito de estupro mediante fraude. Em nenhum momento, estamos falando aqui sobre violência ou pedofilia. O delito investigado aqui é o de estupro mediante fraude", afirmou o delegado.
Até antes de ser conduzido à polícia, para explicar um porte ilegal de arma em sua residência, Astro era considerado um real pré-candidato na disputa pela Prefeitura de São Luís, com chances reais de alavancar as camadas mais populares da cidade, o que estaria causando preocupações na casta política, liderada por adversários nada ortodoxos, que viam em Astro uma ameaça concreta no eleitorado da capital maranhense.
Com a bagunça e o estrago na imagem do ex-presidente da Câmara, alguns acreditam que Astro passa a ser carta fora do baralho eleitoral em São Luís, abrindo brechas para aventureiro com apoio político palaciano.
No entanto, Astro garante que morre em pé, mas não se ajoelha.