Nem bem o ano legislativo teve início na Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), mas o clima não anda nada amistoso com o Palácio dos Leões. É que o governador Flávio Dino (PSB) vem sendo pressionado por deputados estaduais que estão descontentes com a demora no pagamento das emendas impositivas, ou seja, aquelas que são garantidas por lei aprovada pelo parlamento estadual.
A inquietação dos deputados se deve pela temerosidade de ficarem sem receber as emendas, tão logo assim que o vice-governador Carlos Brandão (PSDB com pé no PSB) venha a assumir o comando do Executivo, a partir de abril, com a saída do governador Dino, que disputará uma vaga ao Senado da República, nas eleições de outubro.
O problema é que, alegando estar sem recurso em caixa, Flávio Dino vem empurrando a questão com a barriga, o que se não houver solução emergencial, a bomba cairá nas mãos do próximo governador Brandão.
SINAL VERMELHO- Porém, o vice-governador, que é pré-candidato ao Governo do Maranhão, também já acendeu o sinal de alerta aos deputados, alegando falta de verbas, pois já teria também se comprometido com recursos para os vereadores de São Luís.
O recado mais claro dessa pressão dos deputados foi dado pela deputada Mical Damasceno (PTB), que acusou o governador Flávio Dino de não liberar suas emendas, de cerca de R$ 2 milhões.
Outros parlamentares na Assembleia também reclamam da falta de dinheiro e dizem não confiar nas promessas do vice Brandão. Para justificar os argumentos contra o vice-governador tucano, os deputados lembram que ele também não honrou compromissos com os vereadores da capital maranhense.
A falta de garantias para o pagamento das emendas pode levar Brandão a ter uma oposição ruidosa no Legislativo Estadual, às vésperas de entrar numa campanha eleitoral.