A reunião da CPMI foi adiada por duas vezes nesta terça-feira, 22. Prevista para começar às 9h, a sessão foi adiada primeiro para às 11h e novamente para às 14h.
Como o presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia (União-BA), não publicou a pauta com antecedência, a votação dos requerimentos de convocação de testemunhas ou de quebra de sigilos só pode ser feita por acordo entre os membros da comissão. Com isso, mesmo com maioria na CPMI, os governistas precisam fechar acordo com a oposição.
“Ele [presidente da CPMI] não tem uma pauta publicada. Então, regimentalmente, só teremos deliberativa hoje se tivermos acordo porque ele não publicou a pauta”, explicou a relatora Eliziane Gama, que disse que esse diálogo é difícil e que “o máximo que a gente pode fazer é acordo”.
Os parlamentares ligados à atual base governista defendem a quebra dos sigilos telemáticos e telefônicos do ex-presidente Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e do ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef.
Parlamentares da base governista também querem investigar se as joias supostamente vendidas por Mauro Cid teriam ajudado a financiar os atos golpistas. “Não é a investigação do crime em si, mas é a investigação se o dinheiro desse crime de fato foi para o 8 de janeiro”, comentou Eliziane.
Com informações da Agência Brasil