Aprovados na noite de quarta-feira, 13, para o Supremo Tribunal Federal (STF) e Procuradoria Geral da República, respectivamente, Flávio Dino e Paulo Gonet tiveram receptividades distintas entre os senadores. Gonet, com 65 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção, passou com tranquilidade, angariando apoio inclusive da oposição, que avalizou seu perfil mais conservador.
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023
Votação de Dino foi a segunda mais apertada no Senado dos últimos 20 anos
Aprovados na noite de quarta-feira, 13, para o Supremo Tribunal Federal (STF) e Procuradoria Geral da República, respectivamente, Flávio Dino e Paulo Gonet tiveram receptividades distintas entre os senadores. Gonet, com 65 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção, passou com tranquilidade, angariando apoio inclusive da oposição, que avalizou seu perfil mais conservador.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2023
Senado aprova indicação de Dino para ministro do STF
Antes da votação em plenário, Dino passou por uma sabatina de quase 11 horas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde recebeu o voto favorável de 17 dos 27 integrantes do colegiado.
Na mesma sessão, também foi sabatinado o subprocurador da República Paulo Gonet, indicado para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Gonet obteve 23 votos favoráveis, quatro contrários e nenhuma abstenção, e terá seu nome apreciado pelo plenário do Senado ainda na noite desta quarta-feira.
Sabatina
A sabatina, que começou por volta das 9h40, foi realizada em sessão conjunta com os dois indicados. Esse formato, decidido pelo presidente da CCJ, gerou críticas de senadores de oposição, mas acabou sendo mantido por Alcolumbre, após a mudança no rito previamente previsto, permitindo que os senadores pudessem fazer as perguntas de forma individualizada e não a cada bloco de três inquirições, como previamente estipulado.
Em sua apresentação, Flávio Dino enumerou os princípios que pretende seguir em suas atividades no STF, como a defesa da separação e harmonia entre os poderes, a forma federativa do Estado, com direito ao voto, eleições periódicas, e garantia dos direitos fundamentais. Dino, que atualmente é senador licenciado e ocupa o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, seguiu carreira como juiz federal durante 12 anos. Durante sua fala inicial, ele também procurou diferenciar justamente os papéis de político e juiz.
No decorrer da sabatina, Flávio Dino ainda rebateu críticas sobre sua atuação como ministro da Justiça durante a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro. Ele também opinou sobre temas como o mandato para ministro dos STF e a regulação de redes sociais.
Perfil
O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, e agora futuro ministro do STF, é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Foi juiz federal por 12 anos, período no qual ocupou a presidência da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a secretaria-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele deixou a magistratura para seguir carreira política, elegendo-se deputado federal pelo Maranhão, em 2006.
O ministro também presidiu a Embratur entre 2011 e 2014, ano em que se elegeu governador do Maranhão. Em 2018, foi reeleito para o cargo. Nas últimas eleições, em 2022, elegeu-se senador e, logo após tomar posse, foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública. Agora, aos 55 anos, é o indicado de Lula para o STF.
Dino assumirá a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou compulsoriamente da Corte, ao completar 75 anos de idade, no início de outubro. Rosa foi nomeada pela então presidente Dilma Rousseff, em 2011.
Com informações da Agência Brasil
Ministra maranhense se mostra preocupada com exploração de petróleo na Margem Equatorial
“Lógico que preocupa”, respondeu a ministra ao ser perguntada sobre o potencial impacto ambiental da exploração petrolífera na bacia amazônica, especificamente.
Segundo o Instituto Arayara, organização não governamental (ONG) que defende o uso de recursos naturais de forma sustentável, a exploração de petróleo e gás natural em alguns dos blocos ofertados nesta terça-feira representam uma “ameaça socioambiental”.
De acordo com o instituto, alguns destes blocos se sobrepõem a unidades de conservação ou a áreas de amortecimento que visam a proteger as mesmas unidades, não só na Amazônia, mas também em outras regiões. De acordo com a organização, há ao menos 23 terras indígenas nas áreas de influência de 15 dos blocos que a ANP ofertou hoje.
“Somos povos resistentes e vamos continuar lutando, fazendo a resistência que precisa ser feita para evitarmos a exploração dentro dos territórios indígenas”, acrescentou a ministra, destacando o fato do leilão ocorrer no último dia da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), evento realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, e cujos participantes aprovaram incluir, no documento final, menção à importância do mundo alcançar a “neutralidade carbônica” até 2050, por meio de uma transição da era dos combustíveis fósseis, principais causadores das mudanças climáticas.
“Na Conferência do Clima [Cop28], que termina hoje, acabaram de apresentar um documento em que a maioria dos países entende que é preciso fazer uma transição energética urgente ou não vamos conseguir evitar chegar ao ponto de não retorno [ponto a partir do qual os danos causados ao planeta serão irreversíveis, passando a ameaçar a vida humana e de outras espécies]”, afirmou a ministra, classificando como “lamentável que muitos países necessitem fazer esta transição energética a longo prazo”.
“Precisamos muito dessa consciência também por parte da sociedade, de entender esta emergência que vivemos para, inclusive, ajudar a pressionar os governos. Temos que sair deste modelo [energético, baseado no uso de combustíveis fósseis]; uma transição é realmente necessária.”
Com informações da Agência Brasil
Câmara de São Luís dá último passo para validação do Plano de Cargos dos servidores do Legislativo
Foi publicada na edição da segunda-feira, 11, do Diário Oficial do Município (DOM), a Resolução n° 120/23, de autoria da Mesa Diretora da Câmara de São Luís, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos para os servidores públicos efetivos do Legislativo. A publicação marca o último passo para validação do plano de valorização dos servidores da Casa.
O plano contempla medidas importantes como um reajuste salarial no vencimento básico dos servidores efetivos, a implementação de auxílio-alimentação e auxílio-saúde, o aumento na Gratificação de Desempenho de Atividade Legislativa Municipal (GDALM) e a possibilidade de ascender na carreira por meio de uma nova tabela de progressão e promoção.
O presidente do sindicato dos servidores da Câmara de São Luís, o psicólogo Mauro Brandão, comentou sobre a publicação. “Bom, para mim enquanto servidor e membro da diretoria do sindicato é uma conquista que deve ser continuamente lembrada. Toda a discussão, análise, articulações levando o anseio da categoria junto à gestão e vereadores foi em parte materializada na resolução nº 120/2023. A sua votação e publicação nos garante a segurança de que nossos pleitos foram escutados e que seguiremos firmes. Agora é aguardar a sua vigência para que seus efeitos comecem a valer, a partir de janeiro de 2024”, disse.
Conforme a resolução, o vencimento básico dos servidores efetivos concursados e estatutários (empregados antes da promulgação da Constituição Federal de 1988) terá um reajuste de 8,5%. Os salários iniciais em cargos de nível médio na classe A e nível I da tabela de vencimentos será de R$1.432,20, e os salários iniciais para os cargos de nível superior será de R$2.783,08.
A remuneração dos integrantes do Plano de Cargos, Carreiras e Salários é composta pelo vencimento acrescido de vantagens, como a já citada GDALM (gratificação exclusiva do legislativo com um percentual de 100% sobre o salário base), e outros auxílios que somados chegam ao valor de R$300,00.
Também será acrescentado aos vencimentos a gratificação por qualificação profissional. Para quem tem especialização a gratificação será de 5%, mestrado 10% e para quem tem doutorado será de 15%.
Desenvolvimento da carreira profissional
Outro ponto importante é a possibilidade de desenvolvimento funcional por meio de progressão e de promoção. Conforme o texto da resolução, a progressão é o desenvolvimento funcional referente à passagem do servidor estável de uma referência cronológica para outra, cumprindo o interstício de dois anos para servidores em exercício.
Já a promoção é o desenvolvimento funcional referente à passagem do servidor estável de uma classe para outra, quando tenha cumprido o interstício de 2 anos na última referência cronológica da classe anterior.
As medidas permitem que o profissional tenha mais possibilidades de evoluir no exercício da função e que seu esforço profissional seja reconhecido por meio de aumento no seu vencimento em intervalos regulares.
Ao Vivo: sabatina simultânea de Flávio Dino e Paulo Gonet no Senado
O Blog do Mario Carvalho disponibiliza aos internautas, em tempo real, a sabatina simultânea no Senado da República, nesta quarta-feira, 13, do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), e do jurista Paulo Gonet para a Procuradoria Geral da República (PGR). Ambos foram indicações do presidente Lula (PT) e terão que ter, no mínimo, 41 votos favoráveis no plenário da Senado para alcançarem seus objetivos. Acompanhe!
terça-feira, 12 de dezembro de 2023
Vereador apresenta provas e diz que vítima de suposto abuso sexual é doente mental
Pressionada por alimentos, inflação de novembro sobe para 0,28%
A inflação oficial de novembro ficou em 0,28%, uma aceleração em relação a outubro, quando foi de 0,24%. A alta no preço dos alimentos foi o que mais impactou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 4,68%.
Dino e Gonet se debruçarão sobre temas espinhosos no Senado como aborto, LGBTQIA+, drogas e cotas raciais
As questões ideológicas, muitas vezes, pautam as principais perguntas nas sabatinas. Primeiro indicado de Lula à Defensoria Pública da União (DPU), Igor Roque, foi rejeitado pelo Senado no final de outubro. Os parlamentares associaram a posição do defensor como pró-aborto em razão de evento da DPU intitulado “Direitos sexuais e reprodutivos da mulher – acesso ao aborto legal e telemedicina”.
Aborto
O ministro da Justiça, Flávio Dino, já se manifestou abertamente contra o aborto. Católico, o ex-governador do Maranhão, disse, em entrevista de 2022 ao jornal Valor Econômico, ser “filosoficamente” contrário à legalização do aborto e defendeu a manutenção das leis atuais.
“Eu sou filosoficamente, doutrinariamente, contra o aborto, e acho que a legislação brasileira não deve ser mexida nesse aspecto. Por que eu registro minha posição? Porque essa é a prova de que é um tema que não tem consenso nem no nosso campo político. Acho que temas que neste momento desunem devem ser evitados, porque o bolsonarismo precisa da polêmica”, explicou Dino.
Assumidamente mais conservador que seu colega de sabatina, o indicado à PGR, Paulo Gonet, também compartilha da mesma visão. Em artigo de 2008, intitulado “Proteção do Direito à Vida: A questão do aborto”, Gonet defende que o aborto e a interrupção do processo de gestação não correspondem à ordem constitucional brasileira e à defesa do direito à vida.
LGBTQIA+
O casamento entre pessoas do mesmo sexo suscitou disputas entre Congresso e STF. O projeto de lei relatado pelo deputado Pastor Eurico (PL-PE) que proíbe a união LGBTQIA+ vai de encontro à decisão do Supremo de 2011, que reconheceu o casamento homoafetivo. Apesar de não se posicionar diretamente contra a proibição, Dino já reforçou a defesa e respeito “ao direito de todos”, e, mais recentemente, afirmou que o pastor André Valadão responderia por “propagar ódio” contra a comunidade LGBTQIA+.
“O suposto cristão que propaga ódio contra pessoas, por vil preconceito, tem no mínimo dois problemas. Primeiro, com Jesus Cristo, que pregou amor, respeito, não violência contra pessoas. ‘Amar ao próximo como a si mesmo’, disse Jesus. Segundo, com as leis, e responderá por isso”, disse Dino em publicação no X (antigo Twitter).
Gonet, por sua vez, já se envolveu em polêmicas no que tange a questão LGBTQIA+. Em 2019, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) pediu ao STF a proibição de práticas terapêuticas que tratam a homossexualidade como um desvio, a famosa “cura gay”. O procurador enviou parecer ao STF se manifestando contra o pedido de proibição do Conselho.
Com informações do Congresso em Foco
segunda-feira, 11 de dezembro de 2023
Decisão de Brandão em ficar neutro em 2024 preocupa Duarte na disputa em São Luís
Em agosto deste ano, Brandão surpreendeu muita gente ao afirmar ao jornal O Globo que deve ficar neutro nas eleições do ano que vem para evitar "fissuras" em sua base política na Assembleia Legislativa, já que o governador não tem opositores até esse momento e navega em tamanha calmaria jamais vista no Maranhão.
"Existe a possibilidade de que eu não participe (diretamente) da eleição. Na maioria dos municípios, tenho os grupos políticos ao meu lado. Então será que vale a pena?", questionou Brandão, deixando alguns aliados com a pulga atrás da orelha e outros adversários mais tranquilos.
Brandão garantiu que ao não entrar na briga, aguardará o resultado das urnas, em outubro de 2024, e fará as devidas parcerias com o vencedor. "Prefiro fazer parcerias com aqueles que ganharem", disse o governador.
A atitude do governador tem tirado o sono do deputado socialista Duarte Jr, que esperava contar com o apoio irrestrito da máquina pública do Palácio dos Leões para derrotar seu arquirrival, o prefeito Eduardo Braide (PSD), que buscará a reeleição.
Ipea revela que população de rua cresceu quase 10 vezes na última década no Brasil
O número saltou de 21.934 em 2013 para 227.087 até agosto de 2023. Entre as causas do problema estão a exclusão econômica, que envolve insegurança alimentar, desemprego e déficit habitacional; ruptura de vínculos familiares; e questões de saúde, especialmente de saúde mental.
Problemas familiares ou com companheiros foram apontados como motivo para sair de casa por 47,3% das pessoas em situação de rua. O desemprego foi citado por 40,5%, enquanto alcoolismo e abuso de outras drogas foram mencionados 30,4%. Perda de moradia foi citada por 26,1%.
O levantamento foi feito por Marco Antônio Carvalho Natalino, especialista em políticas públicas e gestão governamental em exercício na diretoria de estudos e políticas sociais do Ipea.
"Quanto maior o tempo de permanência na rua, maior a probabilidade de problemas com familiares e companheiros ser um dos principais motivos que levou a pessoa à situação de rua. O mesmo ocorre, e de forma ainda mais intensa, com os motivos de saúde, particularmente o uso abusivo de álcool e outras drogas. As razões econômicas, por sua vez, tais como o desemprego, estão associadas a episódios de rua de mais curta duração", diz Natalino, no estudo.
A análise aponta que 60% das pessoas em situação de rua não vivem na cidade em que nasceu, mas 70% delas vivem no mesmo estado de nascimento. O levantamento mostra ainda que no geral o movimento é das periferias em direção aos centros metropolitanos.
Do total de pessoas em situação de rua no Brasil, 10.586 são estrangeiros (4,7%). A maioria vem de países vizinhos, sendo 30% apenas da Venezuela. Outros 32% são da Angola. Ainda segundo o estudo do Ipea, 69% das pessoas em situação de rua são negras (51% pardos e 18% pretos).
FAIXA ETÁRIA
A idade média das pessoas nas ruas é 41 anos. Os jovens entre 18 e 29 anos somam 15% do total da população em situação de rua, e aqueles com idade entre 50 e 64 anos correspondem a 22%. Crianças e adolescentes somam 2,5%, e idosos, 3,4%.
Entre as causas para o aumento exponencial de pessoas em situação de rua nos últimos dez anos, Natalino ressalta que há quase uma década o Brasil enfrenta crises econômicas sucessivas, inclusive com a volta da insegurança alimentar grave e da fome, situação agravada pela pandemia de Covid-19.
Diante do cenário, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em julho deste ano, que estados e municípios deveriam seguir diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua.
Com informações da Folha Press
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