A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol) esteve reunida com corregedora-geral da Justiça, desembargadora Nelma Sarney, na manhã desta segunda-feira, dia 14, para tratar sobre uma portaria que vem trazendo desconforto aos Policiais Civis do Estado. Trata-se da Portaria publicada em 29 de maio de 2014, que resolve proibir o acesso de pessoas armadas nas dependências do Fórum Desembargador Sarney Costa, incluindo policiais Civis, Militares e Federais, exceto aqueles, que no exercício da função, estejam fazendo escoltas de presos, cuja entrada se dará pelo Subsolo II.
De acordo com o presidente do Sindicato, Heleudo Moreira, o policial é alvo em qualquer circunstância e não pode ficar exposto. “Através da nossa entidade, que representa o policial civil no Estado do Maranhão, queremos trazer ao conhecimento da desembargadora situações que podem ser consideradas exceções neste portaria. Achamos que a redação da portaria pode ser melhorada de forma que possa se adequar à realidade da polícia”, destacou Heleudo Moreira.
A desembargadora Nelma Sarney recebeu as solicitações do Sinpol de forma positiva. “Entendemos que há exceções que precisam ser levadas em consideração e precisam ser explicitadas na portaria. Cada caso é um caso”, relatou a desembargadora. Ao término da reunião ficou decidido que o Sinpol vai elaborar um documento contendo as situações a serem explicitadas na portaria, enquadrando-se como exceção para a proibição de armas para os policiais nas dependências do Fórum.
Alguns policiais civis defendem que é que o decreto é desnecessário, podendo causar constrangimento à toda classe policial. Entretanto, o diretor do Fórum, o juiz Osmar Gomes dos Santos, informou que o objetivo não é constranger nenhum policial, mas sim uma medida de segurança, até porque são centenas de pessoas passam pelo Fórum diariamente e necessitam estar protegidas.
“Essa é uma decisão do Conselho Nacional de Justiça, nós estamos apenas cumprindo uma determinação e agora o tribunal vai baixar a resolução para todo o Estado do Maranhão, o que não significa que todos devem aderir, pois cada órgão pode recorrer e exercer sua autonomia em relação a segurança interna”, finalizou ele.