A candidata derrotada ao governo do Maranhão, Maura Jorge (PSL), aos poucos vai tentando se tornar o principal elo de interlocução entre o presidenciável Jair Bolsonaro e o eleitorado maranhense. Mesmo a contra-gosto da direção regional do PSL no estado, liderada pelo vereador de São Luís, Chico Carvalho.
O clima de animosidade entre as duas figuras públicas só tende a aumentar com a eventual possibilidade de vitória do candidato Bolsonaro ao Palácio do Planalto, neste segundo turno, contra o petista Fernando Haddad.
O pano de fundo nessa celeuma seriam os virtuais cargos federais que se abririam no Maranhão que devem ser ocupados por aliados do PSL. A queda de braço entre Maura Jorge e Chico Carvalho vai ganhando impactos públicos que já beiram ataques na mídia.
Na última terça-feira, 16, enquanto Chico Carvalho reclamava no plenário da Câmara Municipal de São Luís de ataques grosseiros de pessoas supostamente pertencentes ao grupo da ex-candidata, a própria Maura Jorge fazia festa nas redes sociais, mostrando sua chegada ao aeroporto de São Luís, após manter reservadas conversas com o presidenciável Bolsonaro, no Rio de Janeiro.
Chico Carvalho disse já ter sido até acusado pelo grupo de Maura Jorge de agiotagem e de ter vendido o PSL no Maranhão. Ele afirmou que não irá tolerar tamanha situação e que vai até as barras da Justiça para punir os verdadeiros culpados pela difamação.
É, pelo visto, não convidem as duas figuras públicas para a mesma mesa.