A polícia começou a ouvir ontem os presidiários que dividiam cela com o detento Cledeilson de Jesus Cunha, 37 anos (foto), assassinado na última quarta-feira (22), na unidade prisional de Santa Inês (a 250 km de São Luís). Ele cumpria pena na Casa de Detenção (Cadet), em Pedrinhas, na capital, por participação em assalto.
Cledeilson foi transferido para Santa Inês no começo deste mês, após suposta participação dele na rebelião que resultou na morte de nove presos ocorrida em outubro do ano passado, na capital.
Segundo a perícia do Icrim, o preso foi morto por enfocamento. Ele dividia a cela com outros cinco detentos. O corpo foi encontrado durante as visitas, na quarta-feira, mas não havia marca de agressão, facadas ou espancamento.
Um lençol foi encontrado no pátio da unidade prisional. "Esse é o primeiro caso de homicídio que ocorre dentro da unidade de Santa Inês desde que ela foi inaugurada, em março de 2012", afirmou o diretor, Carlos Marques Coelho.
O corpo de Cledeilson foi levado para o IML, em São Luís, para que fosse feita a necrópsia.
O presídio de Santa Inês tem capacidade para 78 presos. Hoje, o local abriga 87 internos. Mesmo com o numero acima do permitido, a direção afirma não ter sido esse o motivo do crime. "O crime não aconteceu dentro da cela. Aconteceu fora", afirmou Marques.
Com informações do G1 MA