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domingo, 19 de novembro de 2023

Dino e Haddad sob tiroteio do PT



Lydia Medeiros
Jornalista/Congresso em Foco

O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) amanheceu na quinta-feira, 16, mudando de assunto. Anunciou nas redes sociais uma operação da PF contra o tráfico internacional de drogas, no Rio, com bloqueio de contas bancárias e sequestro de R$ 126 milhões em bens. “Caminho certo contra o crime organizado”, escreveu. Também divulgou investigação sobre o envio de drogas pelos correios, lembrando o empenho do governo em “combater a logística do crime organizado”.

Dino procura virar a página e mostrar serviço depois da defesa do presidente Lula na crise gerada pela participação da mulher de um traficante de drogas amazonense em reuniões no ministério. Desta vez, o ministro enfrentou a ofensiva da oposição, mas já era um alvo constante do “fogo amigo” do PT. 

Uma ala do partido defende a criação de uma ministério da segurança pública, esvaziando as funções da pasta da Justiça. Esses petistas veem o ministro como potencial candidato ao Planalto em 2026, caso Lula não dispute a reeleição. Há ainda no PT quem não goste de ver o nome de Dino na lista de cotados para a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo. Prefeririam alguém mais diretamente ligado ao partido, como Jorge Messias, Advogado Geral da União.

A reação de Dino nesta manhã, chamando atenção para a dimensão do problema do crime organizado, pode indicar eventuais dificuldades para Lula levar o ministro da Justiça para o STF. A situação é grave em estados como o Rio, a Bahia, o Ceará e o Amazonas, e pode vir a custar a Lula uma perda de popularidade — sobretudo no momento em que pesquisas já mostram declínio na aprovação do governo. Lula tem protelado sua decisão, deixando Dino no fogo cruzado entre a oposição e os petistas.

Algo semelhante acontece com outro ministro, Fernando Haddad (Fazenda). Ao defender aumento de gastos, com obras, deixando em segundo plano a meta de zerar o déficit nas contas públicas, Lula expôs o ministro e abriu espaço para críticas de setores petistas que nunca gostaram dos planos de austeridade do ministro da Fazenda — à frente , o chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Agora, Lula parece ter cedido aos apelos de Haddad e concordado em adiar o debate sobre a meta fiscal de 2024 — o prazo para emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias termina nesta sexta. O ministro quer ganhar tempo para a aprovar os projetos que ajudariam a aumentar a arrecadação e cumprir a meta. Por exemplo, a maior taxação de empresas que receberam benefícios fiscais de ICMS e a tributação de fundos de investimento exclusivos e no exterior. 

Haddad teme que essas propostas percam força, se o governo admitir o rombo. No entanto, o deputado Lindbergh Farias, vice-líder do governo, já apresentou emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. Uma delas prevê um déficit de 0,75% do PIB. A outra, de 1%. Tudo indica que servirão apenas para marcar posição e manter a contestação ao programa de Haddad.

Por trás dos desgastes de Dino, do PSB, e Haddad, do PT, está a disputa eleitoral de 2026. Se Lula não for candidato à reeleição, já estão na praça dois ministros e potenciais candidatos. Ironicamente, ambos sob forte oposição de uma parte do PT.

* LYDIA MEDEIROS Jornalista formada pela Universidade de Brasília, foi titular da coluna Poder em Jogo, em O Globo (2017-2018). Atuou ainda em veículos como O Globo, Folha de S.Paulo, Época e Correio Braziliense. Foi diretora da FSB Comunicações, onde coordenou o atendimento a corporações e atuou na definição de políticas de comunicação e gestão de imagem.

sábado, 18 de novembro de 2023

Te cuida! Começou a campanha difamatória contra a reeleição de Braide

Definitivamente a campanha eleitoral para 2024, em São Luís, começou com força total. Principalmente depois que a Justiça do Maranhão, em decisão proferida na última sexta-feira, 17, ordenou a suspensão imediata de um contrato de manutenção e conservação de vias urbanas da Prefeitura de São Luís, avaliado em mais de R$ 425.319.071,37 (quatrocentos e vinte e cinco milhões, trezentos e dezenove mil, setenta e um reais e trinta e sete centavos). 

O contrato foi formado por meio do Pregão Eletrônico nº 141/2023 e suspenso, segundo a decisão judicial, “diante das ilegalidades em seu processo e da ausência de justificativa para a sua realização”.

A decisão surge em um momento crítico, às vésperas das eleições municipais de 2024, despertando atenção especial do Judiciário em relação a supostas irregularidades na Prefeitura de São Luís, comandada por Eduardo Braide (PSD), que buscará a reeleição.

A ação que levou à suspensão foi ajuizada pelo advogado Thyago Santos, por meio de uma Ação Popular com pedido de liminar. O advogado argumentou que o contrato, sob gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD), estava repleto de irregularidades e ilegalidades. Entre os pontos destacados, estão a existência de múltiplos contratos com objetivos semelhantes e valores elevados, sem justificativa legal para tal prática.

A Vara de Interesses Difusos e Coletivos, ao analisar o caso, acolheu o pedido liminar. A ordem judicial é para que o prefeito Eduardo Braide suspenda imediatamente o pregão eletrônico n° 141/2023. Em caso de descumprimento, foi estabelecida uma multa diária de R$ 10 mil. A decisão foi proferida pelo juiz Francisco Soares Reis Júnior.

A decisão representa um revés significativo para a administração do prefeito Eduardo Braide. A gestão municipal já enfrentava questionamentos, evidenciados por outra suspensão recente, de um contrato da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) no valor de R$ 51 milhões, igualmente por irregularidades.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

PDT tirará votos de Braide e Duarte Jr na disputa para prefeito de São Luís em 2024

O PDT, sob as bênçãos do senador Weverton Rocha, que comanda o partido no Maranhão, deve dar um tempero a mais na disputa na corrida sucessória para a Prefeitura de São Luís, nas eleições de outubro de 2024. O partido terá mesmo como candidato majoritário na capital o polêmico ex-vereador Fábio Câmara, que num passado não muito distante fazia parte das hostes do grupo Sarney.

Nesta sexta-feira, 17, por meio das redes sociais, o senador Weverton foi claro ao afirmar que o PDT marchará unido com a candidatura de Fábio Câmara na disputa para o Palácio La Ravardère, sede da administração municipal da capital maranhense.

Vale lembrar que nas eleições de 2020, o senador Weverton optou pelo PDT apoiar a então candidatura do atual prefeito Eduardo Braide, na época no Podemos, hoje no PSD. No entanto, os rumos políticos no estado mudaram, já que Braide buscará uma reeleição, enquanto o governador Carlos Brandão (PSB), adversário político de Weverton, apoiará uma candidatura do deputado federal Duarte Jr (PSB) para a Prefeitura de São Luís. 

Para não perder o protagonismo político, o PDT entendeu que o nome de Fábio Câmara representa bem o cenário atual e a legenda resolveu ter um palanque na capital. "Levo a sério os sonhos das pessoas, por isso @fabiocamaraslz tem todo nosso apoio para colocar seu nome, debater projetos e se posicionar como candidato a prefeito de São Luís pelo PDT", declarou Weverton nas redes sociais.

Dino poupará assessores mesmo após reunião com a "Dama do Tráfico" no Ministério da Justiça



Mesmo estando acuado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já bateu o martelo e decidiu que não irá exonerar seus assessores que tiveram contato direto com a jovem Luciane Barbosa Frias, mais conhecida no submundo do crime como a "Dama do Tráfico" do Amazonas.

Dino disse que não seria "justo" demitir os assessores do Ministério da Justiça que receberam Luciane na sede do ministério. Vale ressaltar que ela é simplesmente casada com o líder da facção criminosa Comando Vermelho, Clemilson dos Santos Farias, o "Tio Patinhas" amazonense.

"Os secretários que a receberam praticaram um ato ilegal? Os secretários praticaram algum crime? Beneficiaram, supostamente, o Comando Vermelho em quê? É preciso ter um pouco de responsabilidade e seriedade. Eu tenho o comando da minha equipe, confio na minha equipe e eu não demito secretário de modo injusto. Se eu fizesse isso, quem iria ser desmoralizado, não ia ser o secretário, era eu", afirmou o ministro ao jornal O Estado de S.Paulo, matutino que inicialmente fez a denúncia publicamente na semana passada.

Para amenizar o desgaste moral e político, Dino justificou o fato dizendo que "obviamente é um desespero político de quem está insatisfeito como crime organizado que nós (governo Lula) estamos fazendo".

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

"A maioria dos prefeitos maranhenses sofre de preguiça tributária e vivem de mesada do governo federal, diz Gastão


O ex-deputado federal Gastão Vieira disse nesta quinta-feira, 16, no programa Bastidores, da TV Mirante, que a grande maioria dos prefeitos maranhenses sofre de uma espécie de "preguiça tributária" e acabam ficando de pires na mão, na dependência dos recursos federais. "A gente costuma brincar que a maioria dos prefeitos sofre de preguiça tributária e não querem arrecadar para não se incompatibilizar com os seus eleitores", ressaltou.

Gastão declarou ainda que na verdade os gestores municipais acabam vivendo de mesada que é dada pelo governo federal, que corresponde unicamente às transferências de verbas da União. Na oportunidade, o ex-deputado, que já foi ministro do Turismo do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e que também já foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destacou que a educação do Maranhão não vai bem.

"O que está acontecendo é que o Maranhão não vai bem em educação há bastante tempo. O maranhense cada vez mais aprende menos e pelo andar da carruagem, vai continuar aprendendo cada vez menos. O problema está na educação na primeira infância, ou seja, creche. A criança que entra numa creche se desenvolve mais rápido e se desenvolve bem. Nos demos todas as creches aqui no Maranhão, mas não fizeram, abandonaram. O Maranhão é o campeão brasileiro de creches inacabadas", criticou Gastão Vieira.

Ele elencou como exemplo de educação no país, o vizinho estado do Ceará, que hoje passou a ser referência nacional no setor. "O Ceará botou dinheiro do estado, do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na educação para ajudar as prefeituras que quisessem cumprir metas. Mas qual foi o acordo que Tasso Jereissati (ex-governador) fez? Esse dinheiro que eu vou tirar do estado para dar às prefeituras é para ser aplicado corretamente. E o Ceará criou uma cultura e o Ceará é muito melhor que nós porque há uma cultura entre as prefeituras e o governo do estado", afirmou Gastão Vieira. 

Dino é criticado por Confederação Israelita por usar indevidamente a Bíblia para “demonizar judeus”


Como se não bastasse a crise moral e política que se abateu no Ministério da Justiça e Segurança Pública, após a reunião da "Dama do Tráfico" do Amazonas, Luciane Barbosa Frias, com assessores comandados por Flávio Dino, agora a Confederação Israelita do Brasil (Conib) classificou uma publicação do ministro, como uma narrativa para “demonizar” Israel e os judeus.

Na publicação, Dino cita uma passagem bíblica: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”. O texto faz referência ao resgate de brasileiros em Israel e na Faixa de Gaza.

“Num momento tenso como este, com autoridades brasileiras ligadas ao seu próprio Ministério desbaratando planos terroristas em solo brasileiro, o ministro Dino deveria estar focado em manter a segurança e a convivência harmônica na sociedade brasileira”, diz a nota divulgada pela Confederação Israelita.

Ainda de acordo com a Conib, Flávio Dino “fez o contrário ao postar mensagem que estimula o antissemitismo e o discurso de ódio”. Diante do fato, a confederação pede ao governo brasileiro equilíbrio e serenidade para que o conflito do Oriente Médio não seja importado para o Brasil.

À CNN Brasil, Dino justificou a postagem. “A Bíblia que eu leio prega a paz e a fraternidade. Jesus Cristo era contra todos os preconceitos. Por isso, falei em proteger todas as crianças. Sobre Herodes, deveriam saber que ele foi imposto por Roma contra os judeus. Ademais, lembro que Jesus Cristo era judeu. Assim, creio que o problema se situa mais nos terrenos histórico e teológico, que ajudariam na correta interpretação do que escrevi e agora reitero”, disse.

O ministro também reforçou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende a paz e o diálogo, como determina a Constituição.

Com informações da CNN Brasil

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

"Dama do Tráfico" revela a O Globo que já viu Dino em audiências


A "Dama do Tráfico" do Amazonas, Luciane Barbosa Frias, disse ao jornal O Globo que já participou de audiências ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Segundo reportagem do matutino, publicada na terça-feira, 14, os encontros teriam ocorrido no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

"Pessoas estão usando minha cabeça como Cristo, para atacar o governo (Lula) e o ministro", disse a "Dama do Tráfico" amazonense. "Flávio Dino nunca me recebeu. Cheguei a vê-lo sim, mas nunca cheguei a conversar com ele pessoalmente", afirmou ela, que hoje ganhou repercussão nos holofotes da mídia nacional e vem tirando o sono do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino.

Na reportagem, Luciane informou que foi até Brasília (DF) com viagem paga pelo Ministério dos Direitos Humanos, depois de um convite para que ela integrasse o Comitê de Prevenção e Combate à Tortura do Estado do Amazonas.

"Ainda não tomei posse (no Comitê) e nem sei se vou conseguir tomar, devido a toda essa repercussão nacional no nome da minha pessoa", declarou a "Dama do Tráfico".

Mediante os desdobramentos escabrosos dessa visita ao Ministério da Justiça, o subprocurador-geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (MP-TCU), Lucas Rocha Furtado, solicitou na terça-feira uma ampla investigação sobre o caso que vem abalando as estruturas de poder do Planalto.

Luciane é nada mais nada menos que a mulher de um dos líderes do tráfico da organização criminosa Comando Vermelho e virou destaque na política nacional, após ter se reunido com assessores do ministeriado de Flávio Dino, em Brasília.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Tá rolando um "climão" na Câmara de São Luís!

A onda de calor político já chegou nas hostes da Câmara de Vereadores da capital maranhense. De um lado, o presidente da Casa, Paulo Victor (PSDB). De outro, o 1º vice-presidente do Legislativo Municipal, Francisco Chaguinhas (Podemos). Nos últimos dias, ambos vêm travando uma briga de foice, que tem como pano de fundo as eleições para a Prefeitura de São Luís. Victor abraçará o candidato do Palácio dos Leões, com as bençãos do governador Carlos Brandão (PSB). Já Chaguinhas seguirá na linha de frente pela reeleição do prefeito Eduardo Braide (PSD). Entenda vendo o vídeo do Programa Conexão Política!

Braide tem a bola dos precatórios do Fundef para marcar o gol


Agora a bola da vez está com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), para sancionar o Projeto de Lei nº 270/23, que estabelece critérios de rateio aos professores da rede municipal de ensino, dos créditos relativos a precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Isso porque a Câmara Municipal aprovou, na segunda-feira, 13, a proposta que contempla a categoria. Essa foi a segunda vez que a Casa apreciou uma proposta neste sentido. No final do mês passado, projeto semelhante já tinha sido aprovado. No entanto, o prefeito Braide vetou o PL com seis alterações sugeridas pelos vereadores. Na semana passada, os parlamentares apreciaram os vetos e resolveram manter a proposta original enviada pelo prefeito.

Um dia, após a votação dos vetos, o chefe do Executivo envia a Mensagem nº 13/2023, com uma proposta em que acatava todas as sugestões dos vereadores. O projeto entrou em pauta na segunda-feira e foi apreciado, após o vereador Chico Carvalho (Solidariedade) solicitar a quebra de interstício, o vereador Álvaro Pires (PSDB) pedir a urgência e o vereador Marcial Lima (Podemos) solicitar a inversão da pauta.

Restou ao presidente do Legislativo, Paulo Victor (PSDB), colocar a sugestão em apreciação e incluiu o requerimento do parlamentar, pedindo a votação em regime de “urgência, urgentíssima” para que o projeto pudesse ser votado no formato de rito sumário, que dispensa o interstício de sessões ordinárias, podendo ser votado em sessão única.

O texto apreciado acrescentou dispositivos à proposição que já havia sido aprovada e sancionada no final de outubro. Os artigos acrescidos ao projeto referem-se à não incidência de cobrança de contribuição previdenciária e de imposto de renda sobre os valores recebidos e ao rateio dos juros sobre os valores depositados em conta bancária. Além disso, foi corrigido o período considerado para inclusão de professores no rateio.

Críticas ao prefeito

Durante a discussão da matéria, vários vereadores criticaram o prefeito Eduardo Braide, culpando a gestão municipal pelo atraso na aprovação definitiva da matéria. O presidente da Comissão de Orçamento da Casa, vereador Raimundo Penha (PDT), acusou o gestor por “não querer dividir os louros com ninguém”. O parlamentar foi o autor de emendas, inicialmente vetadas, mas agora replicadas pelo Executivo no novo projeto aprovado hoje.

“O prefeito quer fazer parecer que está dando. Primeiro que ninguém está dando nada, aqui é um dinheiro que foi repassado a menor para quem trabalhou, para quem tem direito, para quem lá atrás deixou de receber”, frisou.

No mesmo sentido, o vereador Pavão Filho (PDT) também não poupou críticas ao Executivo. De acordo com o pedetista, que foi autor de uma das seis emendas no projeto vetado, os vereadores deram uma demonstração de aliança com os professores quando decidiram manter, na semana passada, os vetos do prefeito a suas emendas, mesmo sabendo que elas estavam corretas.

“Votamos na manutenção do veto [abdicando mão das emendas] para que os professores não fossem usados como muleta ou para depois dizer que os educadores não estavam recebendo porque a Câmara tinha atrasado o andamento, quando, na verdade, essa Casa apenas tem ajudado a andar para que o dinheiro chegue no bolso do trabalhador. Essa é a verdade”, afirmou.

Passivo do Fundef

O texto enviado pelo Executivo à apreciação do Legislativo Municipal trata do chamado “passivo do Fundef” — decisões judiciais que obrigaram a União a corrigir para cima seus cálculos e complementar sua participação no fundo. Essa complementação foi feita aos municípios por meio de precatórios, títulos que reconhecem dívidas de sentenças transitadas em julgado contra a administração pública.

Terão direito a receber os benefícios os profissionais do magistério da educação básica que estavam no cargo durante o período em que ocorreram os repasses a menos do Fundef (entre 1997 e 2006), Fundeb (entre 2007 e 2020) e Fundeb permanente (a partir de 2021); e os aposentados, ou seus herdeiros [pensionistas], que comprovarem exercício nesses períodos.

O valor a ser pago será proporcional à jornada de trabalho e aos meses de efetivo exercício no magistério e na educação básica. Os pagamentos têm caráter indenizatório e não podem ser incorporados ao salário ou aposentadoria. Estados, Distrito Federal e municípios definirão em leis específicas os percentuais e os critérios de rateio, que foi exatamente a proposta que estava sendo analisada pelos vereadores ludovicenses.

R$ 160 milhões em caixa

No total, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a União pagará R$ 402.572.043,11. Assim, mais de R$ 240 milhões serão rateados entre os professores. Desse valor, contudo, apenas uma primeira parcela, de pouco mais de R$ 160 milhões (fora os juros), já foi depositada nas contas do Município – R$ 97 milhões dos quais, aproximadamente, serão imediatamente rateados entre os profissionais de educação.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Deputado pede impeachment de Dino após mulher do Comando Vermelho se reunir no Ministério da Justiça


O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) usou as redes socais para alardear a notícia publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, mais conhecido por "O Estadão", que denunciou o fato de uma mulher, de um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas, ter feito duas visitas ao Ministério da Justiça neste ano, se passando por uma representante de uma ONG (Organização Não Governamental).

Luciane Barbosa Farias é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, preso em dezembro de 2022. Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Ele cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM). Ela foi sentenciada a dez anos e recorre em liberdade.

As reuniões de Luciane no Ministério da Justiça foram com os secretários de Políticas Penais, Rafael Velasco; de Assuntos Legislativos, Elias Vaz; e com a coordenadora do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), Tamires Sampaio.

Em caráter emergencial o deputado paulista escreveu nas redes sociais:

"URGENTE!

O Ministério da Justiça recebeu a mulher de um dos líderes do Comando Vermelho em pelo menos duas reuniões em Brasília.

Vamos CONVOCAR o Ministro Flavio Dino para se explicar na Câmara dos Deputados, exigir explicações formais e pedir o IMPEACHMENT de Dino".

Deputada do PCdoB revela que recebeu proposta indecorosa para votar contra Iracema

  A deputada estadual Ana do Gás (PCdoB) fez uma revelação bombástica na sessão plenária desta quinta-feira (21). Ela contou que recusou pr...