O senador Roberto Rocha (PSB) recebendo o afago político do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) |
Aliados políticos e simpatizantes do governador Flávio Dino (PCdoB) resolveram partir com tudo para cima do senador maranhense Roberto Rocha (PSB), pré-candidato ao Governo do Estado, nas eleições de 2018. Nas redes sociais e blogs o nome do parlamentar socialista passou a ser alvo de críticas ao denunciar que o senador, que se encontra licenciado do cargo, teria custado a quantia de R$ 421.919,87 aos cofres públicos em 2016.
Segundo cálculos, o montante é quase equivalente aos gastos dos senadores João Alberto Souza (PMDB) e Edison Lobão (PMDB) juntos. Os peemedebistas ficaram no mandato durante todo o ano. Já Roberto Rocha, passou três meses licenciado em 2016.
Rocha pediu licença no início de outubro para tratar de assuntos particulares e foi substituído pelo suplente Pinto da Itamaraty (PSDB). Nos meses em que ficou na Casa, os seus principais gastos foram com segurança privada, locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e contratação de serviços de apoio ao parlamentar.
Apesar do alto valor gasto no ano passado, o senador afastado gastou menos do que em 2015. Naquele ano, ele custou R$ 492.034,61 aos cofres. Em pouco menos de dois anos, portanto, o parlamentar gastou R$ 913.954,48. Os valores contrastam com os tempos de grave recessão que se vive no país. João Alberto Souza e Edison Lobão, em todo o ano de 2016. O primeiro gastou R$ 265.003,54 e o segundo R$ 173.392,72, totalizando R$ 438.396,26.
O seu suplente, Pinto da Itamaraty (PSDB), em apenas dois meses no Senado, gastou R$ 67.835,59. O principal gasto no período foi com divulgação da sua atividade como parlamentar: pouco mais de R$ 20 mil.
Justificativa
Por meio de nota, a assessoria de Roberto Rocha afirmou que “as despesas de gabinete refletem a dinâmica de atuação do senador”. Disse, ainda, que “são despesas regulares com passagens aéreas e manutenção de dois escritórios regionais no Maranhão, sendo o de São Luis em pleno funcionamento, com quadro de funcionários e assessores”.
A assessoria do parlamentar contou que Rocha “desloca-se semanalmente no exercício do mandato, com viagens constantes ao interior. Todos os valores estão discriminados no portal de transparência do Senado, para consulta pública”.
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