|
Ex-vereador Junior do Mojó |
Do G1 MA
A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão deve confirmar, nesta quinta-feira, a prisão do ex-vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o "Júnior do Mojó", que estava foragido desde outubro do ano passado.
Ele é o principal suspeito de ser mandante do assassinato do empresário Marggeon Andrade, ocorrido em 14 de outubro de 2011, no bairro Araçagi, no município de São José de Ribamar, situado na região metropolitana da Ilha de São Luís.
Mojó foi preso pela Polícia Federal na capital de São Paulo, de acordo com informações da Secretaria de Segurança. No entanto, as condições em que aconteceram a prisão ainda não foram confirmadas pela secretaria.
O outro acusado como autor intelectual do assassinato do empresário é o corretor de imóveis, Elias Orlando Nunes Filho, que chegou a ser preso, passou menos de 24 horas na prisão, mas acabou fugindo.
Três executores do crime estão presos. Depois a morte de Marggeon, foi criada uma Comissão de Delegados para investigar a grilagem de terra na região metropolitana de São Luís.
Assassinato- Marggion Andrade foi assassinado no dia 14 de outubro, com um tiro de revólver na nuca, quando chegava com o almoço de Roubert Sousa dos Santos, o Louro, contratado para vigiar o seu terreno, localizado à Rua Bonanza, no Araçagi. Enquanto o caseiro distraía a vítima, Alex de Sousa se aproximou pelas costas do empresário e o alvejou. A dupla contou com ajuda do menor, que vigiava o local. No terreno, os criminosos já haviam preparado a cova, na qual o corpo foi encontrado, na manhã do dia seguinte.
De acordo com as investigações, o crime foi motivado por uma disputa pela propriedade do terreno, que já era legalmente de Marggion Andrade, mas que foi revendido pela Imobiliária Territorial, por meio de documentos falsos, a mais quatro clientes.
O empresário assassinado, portanto, conforme garantiu a polícia, foi o primeiro comprador legal do lote e até iniciara a construção de uma casa, apesar das frequentes ameaças de morte que recebia, atribuídas no inquérito aos sócios da imobiliária.
Elias Orlando Filho chegou a ser preso por determinação da Vara Criminal de São José de Ribamar três dias após o crime, mas foi solto menos de 24 horas depois por um habeas corpus concedido pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão, Maria dos Remédios Buna, que julgou os indícios de seu envolvimento no crime como “suposições”. Segundo a polícia, o corretor já responde a processos por crimes de estelionato na capital, datados de 1981, 1994, e 2000.
Prisões- Com a conclusão do inquérito, foi decretada a prisão temporária dos supostos autores intelectuais do crime e de outras duas pessoas, identificadas como Francisco das Chagas Lima e Janice Oliveira Sousa. O casal, segundo a polícia, seria da Imobiliária Barramar e teria providenciado aos colegas sócios da Imobiliária Territorial toda a documentação para a revenda do lote pertencente a Marggion Andrade.
O inquérito tem mais de 350 páginas. Por determinação do secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, uma força-tarefa composta por delegados e investigadores estão trabalhando nas investigações sobre a grilagem de terras na Região Metropolitana de São Luís, constatada com o assassinato do empresário Marggion Andrade.
Segundo a polícia, somente em 1981 a quadrilha conseguiu revender de forma fraudulenta um loteamento com mais de mil terrenos, na área do Araçagi.