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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Mais de 40 mil eleitores utilizarão sistema biométrico

O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) destaca que 40.978 eleitores de 4 municípios maranhenses utilizarão a urna eletrônica biométrica pela primeira vez para escolher seus candidatos a prefeito e vereador nas eleições municipais de 2012.

São eles: Benedito Leite (3.474 eleitores), São João Batista (16.089), São Vicente de Férrer (13.726) e Cajapió (7.689). No Maranhão todo, este número fecha em 103.110 eleitores, já que Paço do Lumiar (47.422) e Raposa (14.710) já utilizam a tecnologia desde 2010.

Em cada uma dessas cidades, o TRE promoveu campanhas, alertando o eleitor acerca da necessidade de recadastro eleitoral para mudança no sistema de votação. A partir de janeiro de 2013, o TRE-MA prevê a implantação da biometria em São Luís (678 mil e 70 eleitores), São José de Ribamar (91 mil e 33) e Barra do Corda (56 mil 620).

Prefeito de São Bento é absolvido de crime de falsidade ideológica

Luis Gonzaga Barros
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ) absolveu, nesta terça-feira, por maioria de votos, o prefeito de São Bento, Luís Gonzaga Barros, acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter cometido crime de falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal.

Conforme denúncia do MPE, Barros não teria prestado contas do exercício 2005 à Câmara de Vereadores de São Bento. Mesmo assim, em documentação enviada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o prefeito confirmou a remessa da prestação de contas ao Legislativo municipal.

Em seu voto, e seguindo o parecer da Procuradoria Geral de Justiça, o relator do processo, desembargador Raimundo Melo, entendeu que estaria configurado o crime de falsidade ideológica cometido pelo gestor. Para o desembargador, Barros inseriu declaração falsa no ofício remetido à Câmara Municipal de São Bento, ao afirmar ter destinado cópia das contas apresentadas, em cumprimento as normas regimentais.

Como o ato não se realizou, ele teria alterado a verdade sobre fato juridicamente relevante, uma vez que com isto não foi aplicada pena de inadimplência ao acusado pelo TCE. O desembargador afirmou que Barros tentou reverter a situação apresentando as contas quase dois meses após a data legalmente fixada, afirmando, no entanto, tê-la apresentado dentro do prazo legal, caracterizando crime de falsidade ideológica.

DIVERGÊNCIA – No seu voto-vista, o desembargador Froz Sobrinho argumentou que o prefeito não cometeu crime passível de punição, e sim mera irregularidade administrativa, não podendo, por isso, ser condenado. O desembargador Bayma Araújo acompanhou o voto de Froz Sobrinho, modificando seu entendimento, que anteriormente convergia com o do relator Raimundo Melo.

Com informações do TJ

Lei da Ficha Limpa é ignorada no Maranhão


Causa surpresa e ao mesmo tempo indignação saber que uma lei, de iniciativa popular, que foi criada para barrar os maus políticos, corruptos de carteirinha, vem sendo simplesmente ignorada no Maranhão como se não existisse.

Basta observar os números divulgados ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), restando apenas cinco processos relativos às eleições municipais para ainda serem analisados pela Corte Eleitoral.

O que se constata com extrema indignação é que aumentou para 76,85% o número de candidaturas denunciadas através da Lei Complementar nº. 135/2010 (Lei da Ficha Limpa), que acabaram sendo liberadas. O percentual anterior, apurado no dia 17 de setembro, era de 72,5%, de acordo com informações disponibilizadas pela Secretaria Judiciária do TRE.

Os novos números dizem respeitos a dados coletados até a sessão realizada em 27 de setembro. Até esta data, os membros do TRE julgaram 786 processos relativos às eleições, como recursos de registro de candidaturas, entre os de propaganda eleitoral, embargos de declaração, agravos, entre outros processos.

Os casos denunciados ao Tribunal através do Ficha Limpa somaram 121 destes processos. Na apuração anterior, estes processos chegavam a 102. Destas 121 denúncias, 93 candidaturas acabaram sendo homologadas ou 76,85%, boa parte delas julgadas no próprio TRE. Em alguns casos os candidatos ou coligações conseguiram liminares que garantiram suas permanências no pleito.

Enquanto aumentou o número de candidaturas denunciadas e que acabaram sendo deferidas, os indeferimentos mantiveram os mesmo 28 casos ou 23,14% dos enquadrados na lei complementar.
Mas este número ainda pode aumentar. Os juristas José Carlos Sousa e Silva e Sérgio Barbosa Barros Muniz ainda vão analisar cinco processos. Além disso, os candidatos ainda podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

De acordo com a Lei da Ficha Limpa, não podem ser candidatos àqueles que tiverem condenação confirmada por órgão colegiado, como os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais, bem como aqueles que tiveram contas desaprovadas pelos Tribunais de Contas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

TRE realiza audiências de carga e lacre

As nove zonas eleitorais que formam o município de São Luís começaram, desde o último sábado, a realizar audiências de carga e lacre das 1.951 urnas eletrônicas que serão usadas durante o pleito. O ato faz parte dos preparativos finais para as Eleições 2012, que acontecem em todo o país no próximo dia 7 de outubro.

Durante as audiências de carga e lacre, os partidos políticos e coligações podem acompanhar as atividades desenvolvidas pelos técnicos de urnas. Dar carga e lacre significa inserir nas urnas todas as informações dos candidatos que estão concorrendo.

Após este procedimento, elas são lacradas e o seu uso fica programado para acontecer apenas no dia da Eleição, a partir das 8h.

No sábado receberam carga e lacre as urnas das zonas 1ª, 3ª e 76ª. No domingo (30), foi vez das zonas 2ª, 88ª e 91ª. Nesta segunda-feira (1) a 89ª e a 90ª e nesta terça-feira (2), a 10ª zona eleitoral.

Com informações do TRE-MA

Filho de vereadora ameça pessoas em Paço do Lumiar


Em Paço do Lumiar, na manhã de domingo (30), um homem, que seria filho de uma vereadora, ameaçou diversas pessoas com uma arma de fogo em frente à delegacia do município. Toda confusão foi transmitida, ao vivo, pelo programa Domingo Mirante, da rádio Mirante AM, apresentado pelo jornalista Marcial Lima. As informações foram repassadas por um ouvinte identificado como Américo.

De acordo com o ouvinte, a confusão começou por uma pessoa que fazia propaganda. Durante a participação no programa, o ouvinte chega a dialogar com o homem armado – que não teve o nome divulgado –, pediu calma e apelou para que ele entregasse a arma. Ainda segundo o ouvinte, não havia policiais no local.

À rádio Mirante AM, o Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) informou que uma equipe havia sido deslocada ao local. O caso foi encaminhado à delegacia do Maiobão.

Quem será esse filho de uma vereadora? Pelo que eu sei, só existe uma vereadora de mandato no município de Paço do Lumiar-MA, ou será que estou enganado?

Com informações do blog do Moreira Neto

É hora do tudo ou nada

Restam agora só quatro programas eleitorais para os candidatos a prefeito e vereador. É a famosa hora da "onça beber água", num linguajar mais popularesco. Isso sem contar que os postulantes à Prefeitura de São Luís terão a grande oportunidade midiática de conquistar o eleitorado indeciso com a realização do debate na TV Mirante, que acontecerá na próxima quinta-feira (4), às 23h.

Para o debate estão convidados os candidatos João Castelo (PSDB), Edivaldo Holanda Jr (PTC), Washington Luiz Oliveira (PT), Eliziane Gama (PPS), Tadeu Palácio (PP) e Haroldo Sabóia (PSOL).

São os seis concorrentes mais bem colocados na última pesquisa Ibope/TV Mirante e cujos partidos ao qual estão filiados possuem representatividade na Câmara Federal. Os candidatos Marcos Silva (PSTU) e Ednaldo Neves (PRTB) serão contemplados com entrevistas no JMTV 1º Edição (das 12h às 12h30).

Por ser uma semana decisiva, todos os postulantes que estão na corrida sucessória municipal irão aproveitar os diversos espaços públicos para tentar conquistar o eleitorado indeciso, que ainda ultrapassa a casa dos 10%.

É aguardar pra ver!

domingo, 30 de setembro de 2012

Quem quer ganhar a eleição 2012 terá de sarneysar

Um fato um tanto quanto curioso nesta corrida sucessória municipal vem chamando a atenção de muita gente. É que nestas eleições 2012, dois candidatos já aparecem como certos para disputar o segundo turno para a Prefeitura de São Luís. De um lado, o atual prefeito João Castelo (PSDB) e de outro, o jovem adversário Edvaldo Holanda Júnior (PTC).

Se observarmos pela óptica do cenário político que se avizinha, poderemos perceber que para vencer o pleito- no eventual segundo turno- ambos concorrentes terão que pisar em ovos, literalmente. O problema é que a galinha dos ovos de ouro pode estar sendo guardada pelo grupo Sarney.

Vamos ser mais explícito. Em terceiro lugar nas pesquisas aparece o candidato do PT e vice-governador do estado, Washington Luiz Oliveira, que certamente passará a ser cortejado num eventual segundo turno na capital maranhense.

É que os atuais 13% de intenções de voto do candidato petista fará a diferença na reta final e dará suporte necessário para quem deseja vencer o pleito. E para isso, teremos um candidato do PSDB querendo seu apoio e também outro do PTC na mesma linha.

A grande questão é quem terá a coragem de "sarneysar" abertamente, numa Ilha que se intitula rebelde, mas cujas práticas políticas ainda estão aquém da realidade administrativa.

Será que o todo-poderoso prefeito Castelo terá a coragem de pedir o apoio do grupo Sarney, que ele tanto combate; ou será que que o jovem Edivaldo Holanda Júnior deixará a logística traçada pelo comunista Flávio Dino para cair nos braços do velho Sarney que deixou uma pedra no caminho dos dois adversários.

Pelo visto a lógica da eleição em São Luís ainda guardará surpresas nessa  reta final. Agora é que a gente quer ver quem irá "sarneysar".

E pegar ou perder a eleição!

Edivaldo encosta em Castelo

A nova pesquisa Escutec/O Estado, divulgada neste domingo mostra que o candidato da coligação "Muda São Luís", Edivaldo Holanda Jr (PTC) encostou mais ainda no candidato à reeleição, prefeito João Castelo (PSDB). Edivaldo aparece agora com 30% das intenções de voto, contra 32% do gestor municipal, que mostra estagnação em sua campanha.

Já o candidato da coligação "Juntos Por São Luís", Washington Luiz Oliveira (PT) manteve-se em terceiro lugar, na casa dos 13%; enquanto a candidata do PPS Eliziane Gama ficou em quarto, no patamar de 7,1%.

O candidato do PP e ex-prefeito, Tadeu Palácio, continua em quinto lugar, no patamar pífio de 4,2%, o que mostra que a campanha depois que perdeu fôlego, não tem poder de reação para subir e agora é esperar o que vem das urnas no dia 7 de outubro.

Os candidatos Marcos Silva (PSTU) aparece com 1,7%, Haroldo Sabóia 1,0% e Ednaldo Neves 0,1%.


sábado, 29 de setembro de 2012

Ministro dos Esportes diz que Castelo devia ter se aposentado

Ministro Aldo Rebelo
O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), disse que por ironia do destino quando esteve da última vez em São Luís, no início da década de 1980, quem era o governador do Maranhão era o atual prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), que já devia ter se aposentado da política. "Espero que Edivaldo (Holanda Júnior) mude essa realidade", frisou.

As declarações do ministro Aldo Rebelo foram feitas por volta das 12h30 deste sábado, durante comício no comitê da juventude do candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC), na área do São Francisco. O petecista é adversário do gestor tucano na corrida à Prefeitura de São Luís.

Aldo Rebelo esteve na capital maranhense para oficializar apoio do Ministério dos Esportes e do Governo Federal à campanha do deputado federal Edivaldo Holanda Júnior. "Estaremos juntos para que o Maranhão possa desenvolver seus próprios atletas e em especial São Luís", declarou.

Fatos & Imagens > 29 de setembro de 1992: o impeachment de Fernando Collor

O impeachment de Fernando Collor

Em setembro de 1992 produziu-se neste país um dos mais surpreendentes desfechos para uma crise política que tudo indicava se encaminharia, como de costume, ou para mais uma ruptura da institucionalidade, ou, menos dramaticamente, para a manutenção no poder, até seu termo legal, de um governo em decomposição, sem credibilidade e, portanto, impotente diante de dificuldades que já se interpretavam como igualmente crônicas e insolúveis.

Quando, em 29 de setembro daquele já distante ano de 1992, sem golpe, sem interferência militar, os brasileiros acompanharam via tv e rádio, ao vivo, a deposição legal do presidente  Fernando Collor de Mello, em sessão extraordinária do Congresso Nacional, encerrava-se de modo inusitado o primeiro governo civil e diretamente eleito após o Regime Militar, ao mesmo tempo em que se abria uma nova era para a política brasileira, da qual ainda hoje mal podemos visualizar e caracterizar os traços principais.

Como foi possível? Como, em pouco mais de dois anos, se viu um país mobilizar-se pela eleição de um candidato e dele livrar-se sem qualquer alteração nas regras do jogo democrático?

A ascensão do "caçador de marajás"

Não é possível se compreender a queda de Collor e sua deposição sem fazer referência ao modo com que ascendeu meteoricamente ao poder. Prefeito nomeado de Maceió, nos anos finais do regime militar, deputado federal pela legenda do Partido Democrático Social (PDS), Fernando Collor de Mello descende de rica e poderosa família de políticos e empresários, sendo filho de Arnon de Mello, governador e senador por Alagoas nas décadas de 1950 a 1980, e neto de Lindolfo Collor, primeiro ministro do Trabalho do Governo Provisório instalado após a Revolução de 1930.

Eleito em 1986 governador de Alagoas pela legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o jovem político implantou desde a posse um estilo de governo marcado pela polêmica e pela produção de fatos de interesse jornalístico que lhe permitiram, em pouco tempo, tornar-se conhecido e admirado em todo o território nacional, a despeito da diminuta importância política de seu estado. Meses após o início de seu mandato em Alagoas, Collor já era matéria de capa nos principais jornais e revistas de circulação nacional - e em breve também na tv - encarnando a personagem do "caçador de marajás", cuja bandeira política principal era o saneamento e a moralização da administração pública.

Rompido - espetacularmente - com o PMDB por força da transigência com que este partido, majoritário na Assembléia Nacional Constituinte, cedera às pressões do então presidente José Sarney para a fixação na Carta de 1988 do mandato de cinco anos para a presidência da República, Collor lançou-se candidato ao cargo na primeira eleição direta, pós-regime militar, pela legenda do obscuro Partido da Juventude (PJ), logo rebatizado de Partido da Reconstrução Nacional (PRN).

Ao iniciar-se a campanha de 1989, o candidato do PRN coligou-se a outras legendas desconhecidas, utilizando habilmente, porém, os programas eleitorais destas agremiações para tornar famosa em todo o país a sua jovial e decidida figura de combatente da moralidade. Assumindo a liderança das pesquisas de intenção de voto em abril daquele ano, Collor transformou-se num fenômeno eleitoral e venceu a disputa, derrotando no segundo turno o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio Lula da Silva.

Cem dias de aventura

Ao assumir, o "caçador de marajás" pôs em funcionamento um ousado e polêmico plano de estabilização, o "Plano Collor I", voltado ao combate imediato de uma inflação que atingia então a cifra de 80% ao mês. A despeito do impacto do Plano - que entre outras medidas, confiscou a poupança dos brasileiros e limitou os saques aos bancos - Collor obteve grande apoio junto à sociedade e ao Congresso Nacional para implementar sua política econômica, que envolvia ainda toda uma agenda de reforma administrativa e privatizações.

O entusiasmo inicial com que se recebeu tanto o vigoroso presidente - flagrado quase que diariamente, nas primeiras semanas depois da posse, em atividades esportivas e espetaculares - quanto o seu programa de governo - calcado num receituário neoliberal que, a rigor, vinha sendo divulgado sistematicamente pela mídia há pelo menos um ano - refluiu em pouco tempo, uma vez que não apenas a inflação não se deixou abater, como a profunda e desorganizada intervenção do governo jogou a economia na recessão e confundiu a administração.

O começo do fim da Era Collor, porém, deu-se rapidamente, justamente na marca dos primeiros cem dias de governo, quando surgiu a primeira denúncia de tráfico de influências envolvendo Paulo César Farias, o PC, tesoureiro da campanha de Collor à presidência.

O resgate da aposta collorida

A denúncia inicial comprovou ser apenas a ponta de um iceberg que foi se tornando paulatinamente visível, semana a semana, numa série praticamente ininterrupta de revelações que não apenas minaram por completo a já de origem frágil base de apoio parlamentar do presidente, mas acima de tudo corroeram a imagem de campeão da moralidade que conduzira Collor ao poder.

O ápice desse processo de corrosão se deu em maio de 1992 -  pouco mais de dois anos após a posse -, quando o próprio irmão do presidente, Pedro Collor, deu entrevista à revista Veja acusando PC de comandar um esquema de grande corrupção, com a conivência do primeiro mandatário da República.

Seguiu-se então um processo de investigação em que o Congresso, de um lado, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a chamada CPI do PC, e de outro, de modo tão ou mais decisivo, a mídia, mobilizaram a opinião pública nacional em prol da apuração completa dos fatos e responsabilidades.

Comprovado o esquema de corrupção e o envolvimento do presidente, a CPI apresentou seu relatório ao país e entidades da sociedade civil - lideradas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Associação Brasileira de  Imprensa (ABI) - deram entrada no pedido de impeachment do presidente, o que levou a Câmara dos Deputados a afastar Collor do poder, em 29 de setembro.

Três meses depois, antes de ser julgado e impedido definitivamente pelo Senado Federal, Collor renunciou. Mesmo assim teve seus direitos políticos cassados por oito anos. O vice-presidente Itamar Franco assumiu em definitivo o cargo e completou o mandato restante.

Lições e desdobramentos

Inocentado pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de corrupção passiva, em 1994, Collor teve de aguardar, porém, o prazo previsto para readquirir o direito a concorrer a um cargo público.
Hoje ele disputa, novamente, o governo de Alagoas, e segue gozando de considerável prestígio político.

A despeito da insatisfação de grande parte da população brasileira, por considerar que, de certo modo, o ex-presidente não foi punido pelos atos que lhe custaram o mandato, em 1992, ainda assim - ou por isso mesmo - seu nome continua marcado para a posteridade e associado a uma grande decepção e a uma cultura política rejeitada pelos grandes formadores de opinião (exemplo disso se deu nas recentes tentativas de associação  de seu nome ao de um dos atuais candidatos à presidência, e na pronta recusa deste em aceitar o apoio de Collor).

O que não se pode duvidar, contudo, é que desde então é cada vez maior a certeza de que a qualquer momento um ocupante de cargo público pode ser chamado a prestar contas à sociedade por qualquer eventual desvio de conduta. Seja ele um simples vereador, do mais humilde e remoto município, ou Sua Excelência, o Presidente do Brasil.
Fernando Lattman-Weltman

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Este artigo resume, em linhas bem gerais, os resultados da pesquisa realizada sobre a ascensão e queda de Fernando Collor publicada em: LATTMAN-WELTMAN, Fernando, CARNEIRO, José Alan Dias & RAMOS, Plínio de Abreu, A Imprensa faz e Desfaz um Presidente, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1994.

Fonte: FGV CPDOC

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