|
Flávio Dino |
Da coluna Estado Maior
O presidente da Embratur, Flávio Dino, pré-candidato comunista ao Governo do Estado, parece estar em crise. Fez declarações sem sentido, acusando o senador José Sarney de, em seu artigo semanal publicada na capa de
O Estado, "atacar a oposição" e "difundir o ódio e provocação contra mim".
Antes de mais nada: em nenhum dos seus artigos recentes o senador José Sarney (PMDB) se referiu ao comunista Flávio Dino, não citou-lhe o nome e nem o incluiu em qualquer dos seus comentários sobre o cenário político do Maranhão.
Assim, é lícito afirmar que Dino está querendo se incluir de qualquer maneira nos textos do senador, os quais, vale afirmar, são lidos, analisados e refletidos como ensinamentos preciosos por políticos de todos os matizes- exceção feitas aos raríssimos professores de Deus.
Dino diz, em tom choroso, que Sarney ataca a oposição e se diz preparado para "debater os problemas do Maranhão". Será que está mesmo? Por que então não começa debatendo os problemas de São Luís já que se julga "pai" da atual gestão?
Por que não os ensina que não podem pulverizar gastos de R$ 22 milhões para não fazer licitação? Por que não orienta para o princípio segundo o qual só se promete o que pode ser feito? A dinheirama para o setor de Esportes de Caxias também precisa ser explicada, bem como ligações com o ex-governador José Reinaldo e sua turma.
Mas antes de querer "debater" os problemas do Maranhão, Flávio Dino precisa resolver sua presença no que muitos consideram ser o melhor emprego do país, o de presidente da Embratur. Precisa deixar de enfocar as sextas-feiras- às vezes as quintas também- para fazer campanha eleitoral fora de época. Precisa também abrir o jogo com a presidente Dilma Rousseff sore as declarações de amor que fez a Eduardo Campos em São Luís.
Ah! Vale lembrar o que Sarney escreveu domingo sobre oposição: "Para mim, a oposição é sempre bem-vinda, formada por gente que quer participar da política. Apenas reconheço que tem excelentes quadros, mas outros movidos a ódio, inveja, ressentimento e ambição desmedida não têm valor nem objetivos nobres, senão a conquista do poder".