Cabo Campos coordenou o movimento dos militares |
Um grupo de policiais militares promoveram, ontem à tarde, uma carreata pelas ruas e avenidas de São Luís e em seguida, uma manifestação pacífica nas proximidades do Palácio dos Leões para reivindicar do Governo do Estado melhores condições de trabalho no combate ao crime organizado.
Durante o ato, dezenas de PMs protestaram contra os vários assassinatos de militares que vêm ocorrendo nos últimos meses na região metropolitana da capital e também no interior do Maranhão.
Segundo o cabo da PM, Roberto Campos, que esteve coordenando o movimento, entre as reivindicações da categoria está a liberação de 4.600 pistolas que estão à disposição dos quartéis da PM e que poderiam estar nas mãos dos militares no combate à criminalidade. “Precisamos que o governo equipe melhor nossos policiais militares para o confronto à criminalidade. Essas pistolas estão dentro dos quartéis e cujas armas estão enferrujando e enquanto isso, nossos policiais estão desarmardos, pois as pistolas que ficam para a gente é só para o ato de serviço”, declarou.
Cabo Campos disse que os militares dispõem da Lei 9.666, que pode tirar o policial de fazer “bico”, ou seja, fazer serviço extra corporação, nas horas de folga. “Essa Lei pode tirar o policial do bico, mas o valor que é pago ao serviço extra é de apenas R$ 60,00. É um pagamento irrisório e obsoleto, pois o policial militar em outros estados quando tomba, ele ganha uma indenização. Enquanto isso, nos PMs se viermos a tombar em ação e morrer, as suas viúvas passarão três meses sem receber os seus salários”, criticou.
Ele disse que a PM do Maranhão é o braço armado da sociedade e não pode temer a criminalidade. “O que nós queremos é apenas as condições necessárias para desenvolver nossas atividades. Por isso é que queremos conclamar toda sociedade para esse alerta”, frisou Cabo Campos.
A categoria dos militares também ressaltou que deseja o cumprimento de um acordo feito em 2011, com relação ao Código de Ética, a Lei de Promoção e à Carga Horária. “Esse pontos do acordo até hoje ainda não foram cumpridos e é necessário que o governo venha observar a valorização profissional para que isso acontecer, pois estamos numa guerra diante da criminalidade” enfatizou.