Saulo Arcangeli diz pertencer à esquerda ideológica |
O candidato do PSTU ao governo do Maranhão, Saulo Arcangeli, se coloca como alternativa da esquerda ideológica para vencer as eleições de outubro no estado. Hoje pela manhã, ele foi o quinto entrevistado na Rádio Mirante AM, onde criticou as velhas práticas políticas e defendeu o rompimento com o modo capitalista de produção, que na sua opinião é excludente com a classe trabalhadora.
Saulo Arcangeli admitiu ser muito difícil vencer o pleito, por considerar desigual o tratamento dado pela Justiça Eleitoral com os candidatos que estão na disputa à sucessão ao Palácio dos Leões. "Não temos muitas ilusões com as eleições porque não é um processo democrático e nosso tempo de exposição na mídia (rádio e TV) é inferior. As campanhas que aí estão, funcionam com recursos privados, enquanto nossa campanha é feita de doações de militantes do partido", declarou.
Apesar disso, o candidato do PSTU reafirmou o compromisso de manter o debate eleitoral em prol da classe trabalhadora. "Queremos manter um diálogo com a população do Maranhão. Entendemos que os trabalhadores precisam reagir para mudar essa sociedade que vive num modelo de exclusão", ressaltou.
Arcangeli criticou a forma como grupos políticos tradicionais tentam levar a disputa eleitoral para uma polarização entre os candidatos Lobão Filho (PMDB) e Flávio Dino (PCdoB). "Basta ver que sao feitas pesquisas de todo jeito, pois a nossa candidatura sequer aparece em determinadas situações. Entendemos que são pesquisas que servem apenas para definir o plebiscito. Esse é um modelo para manter aqueles que estão no poder", frisou.
O candidato do PSTU bateu forte na figura do adversário comunista, ao afirmar que Flávio Dino prega um contracenso na campanha, pois de uma lado defende a agricultura familiar e de outro, recebe dinheiro do agronegócio para a campanha eleitoral. "O que nós defendemos é que seja feita uma grande reforma agrária nesse estado", disse.
Saulo Arcangeli também falou em melhorar os indicadores educacionais do estado, com a implantação da escola de tempo integral. Na oportunidade, ele também avaliou que os movimentos de rua, que ocorreram no país em junho passado foram positivos para despertar uma conscieência crítica na população. "Essa população resolveu ir para as ruas reivindicar. Passaram a entender que só a luta muda a vida", destacou.