Os bancários realizam, nesta segunda-feira (29), assembleia para organizar a paralisação da categoria, que deve começar amanhã (30). Foi o que informou o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na tentativa de evitar uma greve, foi considerada “insuficiente, não somente do ponto de vista econômico, mas também porque ignora completamente as demais reivindicações da pauta de reivindicações da categoria”.
Entre os pedidos da categoria estão reajuste salarial de 12,5%; piso salarial de R$ 2.979,25; 14º salário; participação nos lucros e resultados de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247; vales-alimentação e refeição, cesta alimentação, décima terceira cesta e auxílio-creche/babá de R$ 724 ao mês. Outas demadas são: gratificação de caixa, no valor de R$ 1.042,74; gratificação de função equivalente a 70% do salário do cargo efetivo; e vale-cultura de R$ 112,50 para todos trabalhadores.
Eles protestam contra as “metas abusivas” apresentadas por chefias e de combate ao assédio moral, bem como isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde. Os funcionários dos bancos querem ainda a manutenção dos planos de saúde na aposentadoria, o fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição de dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.
Fenaban
Na proposta apresentada pela Fenaban, no sábado passado (27), os bancos oferecem reajuste de 7,35% para salários e demais verbas salariais (ante os 7% propostos anteriormente). O valor, segundo a entidade, representa aumento real de 0,94% e de 8% para os pisos salariais (reajuste 1,55% acima da inflação).
Insatisfeito com a proposta apresentada pelos bancos, o Comando Nacional dos Bancários decidiu manter o calendário aprovado anteriormente, com greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. A decisão será tomada em assembleia nesta segunda-feira.