A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa será em fevereiro e como já era de se esperar, todos os dias o assunto é pauta que repercute no cenário político local. Após as recentes declarações da deputada eleita Andrea Murad, o colega de partido, deputado estadual.
Roberto Costa (foto), um dos líderes do PMDB, veio à público esclarecer o seu posicionamento sobre a possibilidade da eleição de Humberto Coutinho (PDT) para a presidência do Legislativo. Apesar de não ter definido oficialmente o seu voto, Roberto fez questão de esclarecer a postura que adotou sobre o assunto.
Sobre a próxima eleição para a Mesa Diretora, Roberto Costa disse ter assumido não só uma posição pessoal e transparente, mas fruto, inclusive de conversas com lideranças importantes do PMDB. Costa enfatizou que a sua decisão segue o encaminhamento de respeitar todos os outros 41 deputados eleitos, o que o faz manter a posição que ele sempre teve no poder Legislativo. O deputado disse defender hoje, a mesma tese que já seguiu em momentos anteriores, referindo-se aos diferentes contextos políticos que definiram as duas últimas eleições para a presidência da Casa.
"Assim como na eleição de 2011, em que o meu candidato à presidência era o deputado Ricardo Murad, mas não conseguimos construir um consenso em torno do seu nome, elegendo, na época, o deputado Arnaldo Melo; assim também, como na eleição seguinte, em que o deputado Arnaldo Melo conseguiu aglutinar em torno do seu nome, todos os deputados, inclusive com o meu voto, já que defendi a união do Legislativo, assim, hoje me posiciono da mesma forma e defendo o princípio de que o importante para a Assembleia é a união de todos os deputados", pontuou.
De forma clara, Roberto disse não ver dificuldades em votar no nome até agora lançado para a vaga. “Acho que independente da sua posição política, Humberto Coutinho tem todas as condições de comandar a Assembleia Legislativa pela sua experiência e pela forma democrática como tem se conduzido ao conversar com todos os parlamentares; o que defendo hoje para a participação do PMDB é que se respeite a proporcionalidade de cada bancada para a composição da Mesa Diretora, não me cabe fazer vetos a nomes ou fazer restrição a qualquer deputado".
Mais uma vez, o parlamentar reforçou que a sua postura será a postura do PMDB, de uma oposição responsável em relação ao futuro Governo, sobretudo respeitando a vontade popular, que colocou o partido como oposição no estado ao fazer a sua escolha pelo governador Flávio Dino: "a nossa oposição não será pautada no ódio, será coerente para que possamos cobrar todos os compromissos assumidos com a população do Maranhão", disse. Sobre a sua posição em relação ao partido, Costa disse ainda que tentará construir, com os outros deputados, um caminho que possa atender a todos e não ao interesse de um ou de outro e sobre a posição do PMDB, partido no qual milita há mais de 20 anos, o parlamentar disse se sentir completamente tranquilo para falar.
"A minha forma de fazer política no PMDB sempre foi pela participação de todos, nunca fiz a política de exclusão de nomes internamente no partido, em todos os momentos estive ao lado do senador Lobão Filho em sua candidatura ao governo, mas acho que antes de opinar não podemos esquecer do passado, quem e quais causas foram responsáveis pelas divisões internas do nosso grupo; a oposição ao candidato Humberto Coutinho por questões de interesse pessoal, certamente, não prevalecerá dentro do PMDB, a política de vetos é ultrapassada e esse tipo de comportamento já fez com que candidatos perdessem espaço, sempre ajudei a construir o PMDB no dia a dia, respeitarei a posição de todos, mas vejo como é fácil falar em nome de um partido, difícil é trabalhar para construí-lo".
Roberto Costa acompanhou todo o processo de crescimento do PMDB no Maranhão, foi presidente da juventude do partido, tanto municipal, como estadual, foi membro da Executiva Nacional, é membro do Diretório Estadual e atual presidente do Diretório Municipal do partido.
O deputado disse ainda não ver a candidatura de Coutinho como uma imposição do futuro governo, mas falou num credenciamento natural resultado da relação de diálogo que ele vem mantendo com os deputados, tanto atuais, como novatos. Já sobre a colega de legenda, Andrea Murad, Roberto fez questão de destacar a importância que ela terá no grupo e disse acreditar que Andrea será uma grande líder na Assembleia, reforçando que a diferença entre ambos está apenas no campo das ideias e das diferentes visões sobre a política de vetos.