Se você acredita em "Papai Noel" ou em "Mula Sem Cabeça" talvez acredite também que existe uma harmonia generalizada no PMDB do Maranhão. Se você é daqueles do estilo São Tomé, que só acredita vendo, então você irá duvidar dessa parcimoniosa harmonia que tentam passar nas hostes peemedebistas do estado.
Senão vejamos! Até bem pouco tempo a intriga intestinal na legenda mandou para o espaço, sem direito à discussão, a candidatura da deputada estadual Andrea Murad, que pretendia concorrer à presidência regional do PMDB maranhense. Foi esmagada, sem trégua, pela mão forte do senador João Alberto de Sousa, que acabou reeleito no fim de novembro para comandar o partido no estado.
Quem foi que disse que o nome do ex-secretário Ricardo Murad passou, do dia pra noite, a ser aceitável numa eventual indicação da sigla na corrida sucessória à Prefeitura de São Luís, em 2016? Até mesmo o nome de Andrea Murad não é visto com bons olhos pelos adversários internos do partido na capital, que preferem uma aliança com a candidatura à reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) ou com uma virtual candidatura da deputada federal Eliziane Gama (Rede).
Como pode o PMDB está em harmonia se, ao invés do vice-presidente municipal da sigla, vereador Fábio Câmara, assumir a presidência da legenda em São Luís, com o afastamento do presidente-deputado Roberto Costa, estarem criando uma nova eleição interna para supostamente favorecer o superintendente da Funasa, André Campos, aliado de Costa?
Ao que tudo indica, a harmonia e a unidade do PMDB maranhense estão apenas nas cabeças do ex-senador José Sarney e da ex-governadora Roseana Sarney, que ainda esbravejam para que o partido se mantenha na oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB).
Como diz o ditado popular: Sonhar não custa nada!