Os 18 deputados federais maranhenses terão a espinhosa missão de votar nesta segunda-feira, 12, pela cassação ou não do mandato do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cujo processo vem sendo considerado como o mais longo da história do parlamento brasileiro. O blog teve acesso a indícios de que pelo menos cinco deputados: Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Weverton Rocha (PDT) e Zé Carlos (PT) estão certos de que irão votar pela cassação de Cunha, os demais ainda permanecem em cima do muro e podem mudar de voto. Na Comissão de Ética, os deputados Alberto Filho (PMDB) e André Fufuca (PP) votaram contra a cassação do presidente afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atrapalhar as investigações.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Governo quer abafar a Lava Jato, diz AGU demitido
Boca no trombone: Medina, gaúcho como Padilha, diz que sua queda começou há cerca de três meses (Cristiano Mariz/VEJA) |
Da Veja
Brasília- Demitido por telefone pelo presidente Michel Temer na sexta-feira passada, o advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, resolveu quebrar o protocolo. Em vez de anunciar a saída com elogios a quem fica e sumir do mapa, ele decidiu pôr a boca no trombone. Em entrevista a VEJA no mesmo dia da demissão, Medina disse que sai do posto porque o governo não quer fazer avançar as investigações da Lava-Jato que envolvam aliados. Diz: “O governo quer abafar a Lava-Jato”. Medina entrou em rota de colisão com seu padrinho, o poderoso ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Gaúchos, os dois se conhecem do Rio Grande do Sul, onde Medina foi promotor de Justiça, especializado em leis de combate à corrupção, e Padilha fez sua carreira política.
Medina conta que a divergência começou há cerca de três meses, quando pediu às empreiteiras do petrolão que ressarcissem o Erário pelo dinheiro desviado da Petrobras. Depois disso, Medina solicitou acesso aos inquéritos que fisgaram aliados graúdos do governo. Seu objetivo era mover ações de improbidade administrativa contra eles. A Polícia Federal enviou-lhe uma lista com o nome de catorze congressistas e ex-congressistas. São oito do PP (Arthur Lira, Benedito Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Pizzolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira), três do PT (Gleisi Hoffmann, Vander Loubet e Cândido Vaccarezza) e três do PMDB (Renan Calheiros, presidente do Congresso, Valdir Raupp e Aníbal Gomes). Com a lista em mãos, Medina pediu ao Supremo Tribunal Federal para conhecer os inquéritos. Recebida a autorização, a Advocacia-Geral da União precisava copiar os inquéritos em um HD. Passou um tempo, e nada. Medina conta que Padilha estava evitando que os inquéritos chegassem à AGU, e a secretária encarregada da cópia, Grace Fernandes Mendonça, justificou a demora dizendo que não conseguia encontrar um HD externo, aparelho que custa em média 200 reais.
“Me parece que o ministro Padilha fez uma intervenção junto a Grace Mendonça, que, de algum modo, compactuou com essa manobra de impedir o acesso ao material da Lava-Jato”, conta Medina. O ex-advogado-geral diz que teve uma discussão com o ministro Padilha na quinta-feira, na qual foi avisado da demissão. No dia seguinte, recebeu um telefonema protocolar do presidente Temer. Grace Mendonça, assessora do HD, vai suceder a ele.
O ministro Padilha, que se limitou a divulgar um tuíte agradecendo o trabalho de Medina, manteve distância da polêmica e não deu entrevistas. Exibindo mensagens em seu celular trocadas com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, e com o juiz Sergio Moro, Medina afirma que a sua demissão tem significado maior — o de que o combate à corrupção não está nas prioridades do governo Temer. “Se não houver compromisso com o combate à corrupção, esse governo vai derreter”, afirma ele. Ainda assim, Medina faz questão de dizer que nada conhece que desabone a conduta do presidente.
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
Marina Silva e Heloísa Helena reforçam campanha de Eliziane
A ex-ministra Marina Silva (Rede) e a ex-senadora Heloísa Helena participam nesta sexta-feira (9) de uma caminhada com concentração a partir das 8h30, na praça João Lisboa, com a candidata do PPS à Prefeitura de São Luís, deputada federal Eliziane Gama (PPS). A caminhada deve acontecer em toda extensão da Rua Oswaldo Cruz (Rua Grande), área comercial da capital maranhense.
Essa é a segunda vez neste ano que a ex-ministra Marina Silva vem à São Luís participar de um evento político em defesa da candidatura Eliziane Gama. A primeira, foi em reunião na Assembleia Legislativa para divulgar as propostas do partido Rede Sustentabilidade, criado por Marina. Essa nova visita serve como perspectiva para movimentar a cidade e despertar parte da população que ainda se encontra indecisa sobre em quem votar nas eleições do dia 2 de outubro deste ano na capital maranhense.
Atualmente a candidata do PPS amarga uma terceira colocação com média de 17 pontos percentuais nas pesquisas de intenções de votos.
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
A tropa de choque de Cunha no Maranhão
Os deputados Alberto Filho (PMDB) e André Fufuca (PP) apoiam o ex-presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) |
Os deputados federais maranhenses Alberto Filho (PMDB) e André Fufuca (PP) devem votar contra a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está afastado do cargo desde o dia 5 de maio deste ano, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que o parlamentar utilizava o cargo para tentar interferir nos processos contra ele, tanto na Comissão de Ética quanto na Justiça.
O Conselho de Ética da Câmara Federal aprovou no dia 14 de junho, por 11 votos a 9, a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha, num processo que tramita na Casa desde outubro do ano passado e já é considerado o mais longo do parlamento brasileiro.
A relatoria do processo provou que Cunha é proprietário de bens não declarados no exterior, por meio de contas, bens e patrimônio fora do Brasil. A Justiça do Paraná decretou a indisponibilidade de bens do ex-presidente da Câmara e de sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Wellington pega carona na conquista histórica do Moto Clube
O candidato e deputado estadual Wellington do Curso comemorou a vitória do time do Moto Clube para a Série C |
O candidato Wellington do Curso (PP) aproveitou a classificação do Moto Clube para a Série C de 2017, ocorrida no último domingo, 4, contra o Atlético do Acre, para parabenizar a equipe maranhense pela conquista, após 12 anos fora do cenário nacional do futebol. Logo após o jogo pelo campeonato brasileiro da Série D, o postulante à prefeito de São Luís postou o seguinte nas redes sociais:
"Campeão de feitos gloriosos. De heroísmo sem par e de coragem."
O resultado garantiu ao clube rubro-negro maranhense o acesso à Série C 2017.
PARABÉNS MOTO CLUB!
(Foto: último jogo Moto 2x2 Atlético-AC, no Castelão. Arquivo: Prof. Hilton Franco).
sábado, 3 de setembro de 2016
Edivaldo continua liderando as pesquisas de intenções de votos
O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, segue firme na liderança a frente de Wellington e Eliziane Gama |
O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), mantém a liderança com mais de 30,6% das intenções de votos segundo dados da pesquisa Escutec/O Estado. Já o segundo colocado é o candidato Wellington (PP) que aparece com 19,5% e em terceiro, a candidata Eliziane Gama (PPS) com 18,5%. O levantamento foi encomendado pelo jornal O Estado do Maranhão, tendo sido entrevistados 800 eleitores, no período de 31 de agosto a 2 do corrente mês.
Os demais concorrentes como Eduardo Braide (PMN) surgem com 6,5%, seguido de Fábio Câmara (PMDB) com 4,1%, Rose Sales (PMB) com 4% e Zé Luis Lago (PPL) com 1%. Cláudia Durans e Valdeny Barros (PSOL) não pontuaram. A opção nenhum deles optou com 9,8% e não soube ou não responderam somaram 6%.
A pesquisa Escutec foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) sob o Nº MA-01182/2016. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
O mea culpa da não inelegibilidade de Dilma
O senador Edison Lobão, o ex-presidente José Sarney na época das boas novas com a então presidente Dilma Rousseff |
No ano de 2014, o Maranhão foi o principal estado brasileiro a conferir à presidente expurgada Dilma Rousseff (PT) a maior votação no país, tendo a então candidata alcançado um percentual de mais de 78% dos votos válidos em terras maranhenses, com apoio inexorável da governadora Roseana Sarney e do seu pai, o ex-presidente da República, José Sarney (ambos do PMDB).
O município pobre de Belágua foi uma das cidades do estado que apareceu na mídia nacional como sendo a patética cidade onde a então presidente Dilma obteve 93,3% dos votos válidos, passando a ser alvo de críticas preconceituosas contra os maranhenses e ao povo da região Nordeste do país.
No entanto, o mesmo PMDB maranhense que deu sustentação à ex-presidente Dilma, não hesitou em abandoná-la tão logo os primeiros rumores de impeachment bateram à porta do Palácio do Planalto, levando a petista ao desespero e isolamento político, juntamente como o presidente Lula, figura de destaque no Maranhão quando o assunto eram interesses políticos diversos.
Durante os governos dos presidentes Lula e Dilma, políticos ligados ao presidente Sarney eram uma espécie de "carne e unha" dos mandatários do Palácio do Planalto. Foi nesse período que o senador Edison Lobão foi guinchado à condição de ministro de Minas e Energia, com a farta proposta de instalar uma refinaria de petróleo, no município de Bacabeira, distante cerca de 60 Km de São Luís. O empreendimento que não saiu da terraplenagem iria refinar cerca de 600 mil barris de petróleo/dia e seria a maior refinaria da América Latina.
Já o senador João Alberto teve destaque essencial na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, sob as bênçãos do padrinho Sarney. Quem não teve muito destaque nesse período foi o senador Epitácio Cafeteira, devido ao avançado estado de saúde, por conta da idade, que lhe obrigava a circular pelos corredores do Senado em cadeira de rodas.
Na última quarta-feira, 31, em sessão histórica no plenário do Senado Federal, os dois senadores do PMDB maranhense esqueceram toda essa historinha citada acima e caíram nos braços dos interlocutores do impeachment, e agora, já fazem parte do novo governo do presidente empossado Michel Temer (PMDB), como se nada tivesse ocorrido para trás.
Para fazer uma mea culpa e o coice não ser maior contra a afastada presidente Dilma, os senadores maranhenses (Edison Lobão, João Alberto e Roberto Rocha-PSB) votaram, ao lado de outros 42 senadores, pela não inelegibilidade da ex-presidente, para que ela não ficasse impedida de exercer cargos públicos por um período de oito anos.
No entanto, o estrago já foi feito!
No entanto, o estrago já foi feito!
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Dois senadores maranhenses traíram Dilma e um teria negociado voto
Os senadores João Alberto, Edison Lobão e Roberto Rocha votaram pela manutenção do impeachment de Dilma |
Pelo menos dois senadores maranhenses estão sendo considerados traidores no processo de julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Um é o senador João Alberto Souza (PMDB), que inicialmente ensaiou votar contra o impedimento da petista, e ao ser pressionado por lideranças peemedebistas, mudou de voto na reta final do processo no Senado Federal, sem dar uma palavra em plenário que justificasse tal mudança.
Outro parlamentar que vem sendo considerado traidor é o senador Edison Lobão (PMDB), onde internautas chegaram até a criticar a postura daquele que um dia foi ministro de Minas e Energia, tanto no governo do presidente Lula quanto da presidente afastada Dilma Rousseff, sob as bênçãos do ex-presidente da República, José Sarney (PMDB), que também se manteve surdo e mudo durante o desenrolar do processo.
O terceiro senador que ganhou os holofotes da mídia foi Roberto Rocha (PSB), acusado de ter sentado à mesa para negociar seu voto tanto com o ex-presidente Lula e com o então presidente interino Michel Temer (PMDB), já empossado pelo Senado como presidente oficial, com a derrocada de Dilma. Rocha teria conseguido catapultar a direção do Banco do Nordeste no Maranhão em troca do voto pelo impeachment.
A política como sempre muito dinâmica!
Rejeição de Edivaldo ainda preocupa aliados e favorece adversários
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) terá que reaver suas estratégias de campanha em São Luís após pesquisa |
A pesquisa Ibope/TV Mirante, divulgada na noite de terça-feira, 30, acendeu mais uma vez o sinal de alerta nas hostes da campanha à reeleição do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT). É que o gestor municipal ainda continua com um alto percentual de rejeição, aparecendo no cenário eleitoral com 37%. Já o segundo colocado nas pesquisas de intenções de votos, o candidato e deputado estadual Wellington do Curso (PP), surge com apenas 11% de rejeição. A preocupação maior nesse momento é com um eventual segundo turno entre os dois concorrentes ao Palácio La Ravardiére, sede do governo municipal.
No entanto, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior já apareceu em levantamentos anteriores com uma rejeição que ultrapassava a casa dos 70%, fato que inviabilizaria qualquer candidatura à Prefeitura de São Luís. O gestor acredita que os investimentos que sua administração tem feito em saúde, educação e infraestrutura urbana, conseguiram minimizar o quadro que lhe era desfavorável. Porém, os números percentuais ainda não agradam e devem mudar as estratégias dos coordenadores de campanha no rádio e na TV.
A candidata Eliziane Gama também apresenta maior rejeição do que o candidato Wellington do Curso |
Quem também teve alta rejeição foi a candidata e deputada federal Eliziane Gama (PPS), que aparece na pesquisa com 27%, tendo sido a postulante ao cargo majoritário que mais despencou nas intenções de votos, ficando em terceiro lugar, perdendo para o concorrente Wellington, que já surge com 20%.
Os demais candidatos como o vereador Fábio Câmara (PMDB) aparece com 17% de rejeição, seguido da vereadora Rose Sales (PMB) com 16%, o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) com 12%, a funcionária pública Claúdia Durans com 13% e Valdeny Barros (PSOL) com 12%.
A pesquisa Ibope ouviu 805 eleitores, entre os dias 25 a 30 de agosto, e está registrada no TRE-MA sob o protocolo Nº MA- 08827/2016.
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