Depois da verborragia do governador Flávio Dino (PCdoB), em visita ao município de Caxias, onde afirmou, categoricamente, que o estado estaria quebrado financeiramente e que somente "Deus proverá" novos recursos e investimentos, o comunista escalou o secretário de estado da Fazenda, Marcellus Ribeiro Alves (foto), para dizer o contrário à imprensa e limpar a besteirada toda que disse o chefe do Executivo.
Em entrevista à rádio do próprio governo, Nova 1290 Timbira, o titular da Sefaz disse que as contas da gestão comunista estão em ordem, pagamentos antecipados, investimentos crescentes e a segunda melhor situação fiscal do país.
"Tudo isso em apenas dois anos e meio após o atual governo ter herdado um caixa quase vazio e dívidas volumosas. A solução foi cortar despesas e equilibrar o caixa, sem abrir mão de ampliar os serviços públicos. O Maranhão dá exemplo de responsabilidade fiscal”, relatou o secretário.
Apesar da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) destacar que deixou mais de R$ 2 bilhões em caixa, quando deixou o comando do estado no final de 2014, o atual governo prega o contrário. No entanto, o secretário Marcellus Ribeiro tenta justificar a tese governamental apresentada em Caxias. “Recebemos poucos recursos em caixa, insuficientes para pagar até mesmo a conta de energia elétrica. Mas foram adotadas várias medidas, que começaram a surtir efeito”, afirma.
No site oficial do governo do estado, o secretário ressalta ainda "que as dificuldades foram ainda maiores por causa da crise econômica pela qual o Brasil passa. Somente em 2015 e 2016, por exemplo, mais de R$ 1,2 bilhão de transferências da União – asseguradas pela Constituição – deixaram de ser repassadas para o Maranhão".
“Mas terminamos o ano de 2016 como o segundo estado com melhor situação fiscal do país, mantendo o nível de investimentos elevados. Isso nos deixa otimistas em relação ao futuro”, acrescenta Marcellus, referindo-se a um estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) sobre as contas públicas estaduais.
O secretário lembra também a velha máxima de que há muitos estados mais ricos que o Maranhão em situação de penúria fiscal. “Estão praticamente quebrados, sem condição de pagar sequer a folha de seus funcionários. No nosso caso, conseguimos atravessar bem 2015 e 2016. A previsão até o fim do ano é de equilíbrio”, disse, ressalvando sempre que a crise financeira nacional impede qualquer tipo de previsão consolidada.