Por Mario Carvalho
Jornalista, radialista e candidato a Deputado Federal 5133/Patriota
Lamentavelmente as velhas práticas políticas dos endeusados coronéis, que arregimentavam verdadeiros currais eleitorais pelo Maranhão, insistem em não entender que não há mais espaço e nem cabe mais as transgressões às normas do processo eleitoral para chegar ao Poder.
Faltando apenas cinco dias para as eleições, eis que a campanha entre postulantes a cargos majoritário ao Senado Federal é manchada pela insensatez e burrice de quem não admite que os tempos são outros e que saudosismo pode ser nocivo também.
No início da tarde de segunda-feira, 1, o clima eleitoral foi duramente afetado pela distribuição de panfletos difamatórios contra os candidatos ao Senado, Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), com a clara intenção de criar uma perturbação na cabeça do eleitor maranhense às vésperas do pleito de 7 de outubro.
A farsa patética foi desfeita por agentes da Polícia Civil quando três mulheres e um homem foram detidos ao entregar material jocoso no Terminal de Integração da Praia Grande, em São Luís, bem em frente à Cidade da Polícia Civil do Maranhão. O caso agora está sob investigações da Polícia Federal, por se tratar de crime eleitoral.
Seria trágico se não fosse cômico que o material difamatório não fosse assumido pelo candidado a Deputado Estadual, Paulo Roberto Pinto, mais conhecido por "Carioca" (PRTB), bastante ligado à família Sarney e tem com um dos seus principais candidato ao Senado, o Deputado Federal Sarney Filho (PV), ex-ministro de Meio Ambiente do governo do presidente Michel Temer (MDB), que apoia a candidata Roseana Sarney (MDB) ao governo do Maranhão, pela quinta vez consecutiva.
Como se não bastasse o amadorismo dos produtores da cena dantesca, até a nota fiscal emitida revela pelo CNPJ que o material impresso havia sido rodado na Gráfica Escolar, pertencente ao Grupo Sarney, e local onde as máquinas rodam diariamente o jornal O Estado do Maranhão, que tem como sócios-proprietários o ex-presidente José Sarney e sua filha, a ex-governadora Roseana Sarney.
Como se pode observar os tempos eleitorais no Maranhão mudaram bastante, mas os velhos políticos não querem entender isso, mas terão de entender nem que seja por osmose.
É hora dessa turma vestir o pijama da aposentadoria política no Maranhão!