O secretário de estado de Segurança Pública, Jefferson Portela (foto), usou na tarde desta terça-feira, 11, o espaço do programa Abrindo o Verbo, comandado pelo radialista Geraldo Castro, da Rádio Mirante AM 600 Khz, onde anunciou que vai processar o blogueiro Jorge Aragão por comentários jocosos contra sua pessoa, na qualidade de servidor público.
"O homem de bem tem que se defender de ações malignas que estão acontecendo no Maranhão", declarou.
As declarações em pleno ar na emissora do Grupo Sarney vão contra o jornalista e radialista Jorge Aragão que em seu blog fez uma correlação da situação atual vivenciada pelo ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e o secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela.
Em seu blog, Jorge Aragão alega que: "....Situação de uso da estrutura pública para fins políticos aconteceu também no Maranhão. Pelo menos, é o que acusam dois delegados da Polícia Civil (Tiago Bardal e Ney Anderson). O secretário de Segurança Jefferson Portela foi apontado como mandante de espionagem contra desembargadores e políticos adversários do governo, ou seja, “instrumentalizou a polícia estadual para fins eleitorais e partidários”, conforme as acusações. Jefferson nega.
Mas os deputados estaduais deveriam ter permitido a convocação do gestor para esclarecer as acusações na Assembleia Legislativa, como chegou a ser proposta. Aliás, são acusações gravíssimas.
Mas Jefferson Portela foi blindado por parlamentares.
Agora, diante de mais acusações graves, mas não aqui e sim em Brasília, deputados maranhenses pedem explicações, exonerações, investigações. Sem o dever de casa, fica feio cobrar".
Por ter o comunicador Geraldo Castro lido, na íntegra, a postagem do blog do Jorge Aragão, em seu programa de rádio, na segunda-feira, 10, o secretário exerceu o direito de resposta, garantido pela Lei de Imprensa e pela Constituição.
Jorge Aragão disse que não quis fazer comparações entre o ministro Moro e o secretário Jefferson Portela. "A minha crítica foi sobre a incoerência do governador Flávio Dino no caso", frisou o jornalista.