EDITORIAL
O Maranhão, estado pobre do nordeste brasileiro, formado por uma parte da Floresta Amazônica e banhado pelo Oceano Atlântico, nos últimos dias ganhou destaque nos noticiários nacionais e até internacional pelo ritmo acelerado do número de mortes no Brasil decorrentes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que muito se assemelham com os Estados Unidos da América (EUA), país rico e de economia forte.
Quem mostra esse crescimento vertiginoso da doença, que já matou milhares de pessoas no mundo inteiro, é uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), considerada uma das principais instituições mundiais de pesquisa em saúde pública, que revela que o quantitativo de óbitos no Brasil dobra em média a cada cinco dias, proporcionalmente a mesma velocidade de contaminação dos EUA.
Segundo dados mais recentes, o Maranhão já chegou a mais de 180 mortos por conta do novo coronavírus (Covid-19) e 3.190 pessoas infectadas em 78 municípios do estado.
Reportagem divulgada pelo Jornal Nacional (Globo), na última quinta-feira, 29, relata que os pesquisadores da Fiocruz constataram a presença dos vírus em todos os estados brasileiros e a rápida propagação por municípios menores.
Quanto maior o número de casos de Covid-19 em cidades pequenas, maior o risco de faltar atendimento onde a estrutura de saúde é ruim ou inexiste, e maior a migração de pacientes para as cidades maiores, onde já faltam leitos nas unidades de saúde.
O novo coronavírus já está presente em quase 80% dos municípios entre 50 e 100 mil habitantes. Nos municípios menores, a circulação comunitária já é visível e preocupa.
Mediante essa quadro assustador a única saída é manter as políticas de isolamento e distanciamento social para evitar novas contaminações pela doença, até que seja descoberta uma vacina eficaz contra esse novo vírus.