O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (sem partido), terá como data-limite esta segunda-feira, 18, para evitar o desgaste político-administrativo de uma greve dos professores da rede municipal de ensino da capital maranhense, o que pode deixar milhares de alunos sem aula na capital maranhense.
A categoria decidiu, em assembleia na semana passada, deflagrar greve, por tempo indeterminado, nas atividades escolares do município, caso o prefeito não apresente uma proposta decente aos profissionais do magistério de nível superior.
Inicialmente, o gestor municipal havia apresentado a proposta de apenas 5% de reajuste salarial à categoria, que reagiu dizendo não aceitar tamanha proposta indecente. Os professores também reivindicam atualização do piso salarial em mais de 36%.
Apesar da greve dos profissionais do magistério da rede municipal de ensino de São Luís ainda não ter começado, a Justiça já se antecipou e determinou a ilegalidade do movimento paredista e se posicionou em favor da manutenção das aulas pelos professores, numa tentativa de desarticular o movimento paredista dos trabalhadores.
O prefeito Braide lança nota paga na mídia, alegando não haver motivos para paralisar as atividades escolares na capital, já que vem pagando auxílio emergencial à categoria, por conta da pandemia da Covid-19, e promovendo melhorias nas unidades escolares do município.
Aliados do ex-governador Flávio Dino (PSB) têm ocupado emissoras de rádio e TV, pagas com verba pública, para fazer com que o senador Weverton Rocha (PDT) desista de ser candidato ao Governo do Maranhão, tendo como justificativa a "unidade" do grupo político, que desde o ano passado rachou, após o anúncio do nome do atual governador Carlos Brandão (PSB) à reeleição.
O mais recente emissário de Dino a se manifestar publicamente, na rádio Mirante AM, foi o deputado federal Bira do Pindaré (PSB) que quase implorou no ar para que o senador Weverton deixe o sonho de ser candidato ao Palácio dos Leões e suba no palanque do governador Brandão.
Para o parlamentar socialista, Weverton deveria voltar para o grupo do ex-governador Flávio Dino, de onde nunca deveria ter saído para se aventurar por uma candidatura governista.
Segundo Bira, ainda há tempo, até antes das convenções partidárias, previstas para o segundo semestre, para Weverton desistir, dá ré no foguete e embarcar na candidatura do governador Brandão.
O ex-secretário das Cidades do ex-governo Flávio Dino (PSB) e deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) usou as redes sociais nesta Sexta-Feira Santa para criticar o aliado deputado estadual Duarte Jr (PSB), sob argumento do parlamentar "fazer acusação infundada a toda a bancada federal do Maranhão", pelo péssimo estado das rodovias federais (BRs) que cortam o estado.
Duarte disse que mesmo os deputados maranhenses tendo direito à emendas parlamentares, que variam de R$ 30 milhões a 50 milhões, os parlamentares têm usado essa prerrogativa financeira "para outra finalidade", jogando todo mundo político na lama da corrupção.
O clima ficou tenso entre membros da bancada maranhense, tendo o deputado Márcio Jerry, braço direito do ex-governador Flávio Dino retrucado, numa forma de fazer o nobre deputado Duarte Jr, que está pré-candidato à Câmara Federal, baixar a bola.
Depois de deixar o Governo do Maranhão, para ser candidato ao Senado, e voltar a dar aulas no curso de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Flávio Dino (PSB) agora quer assumir o protagonismo político da campanha do ex-presidente Lula no estado, a fim de unificar discursos e estratégias para montagem do palanque do petista rumo ao Palácio do Planalto.
O primeiro passo já foi dado, na noite da última quarta-feira, 13, quando Dino reuniu dirigentes e lideranças partidárias para traçar metas. Na oportunidade, o próprio ex-governador socialista disse que esse era o primeiro passo para organizar a campanha de Lula no Maranhão.
"O campo popular está unido e vamos vencer", declarou Dino, apostando na vitória de Lula sobre seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição.
Apesar da greve dos professores da rede municipal de ensino de São Luís está prevista para iniciar só no próximo dia 18, a Justiça se antecipou ao movimento paredista, decidindo pela ilegalidade e suspensão da eventual paralisação da categoria, que reivindica reajuste e atualização do piso salarial para o magistério.
A direção do Sindicato dos Profissionais do Magistério da capital (Sindeducação) informou, por meio de nota, que recebeu com "surpresa" a decisão tomada pela Justiça, na última quarta-feira, 13.
"Causou estranheza essa decisão, pois o Sindeducação e a categoria seguiram todos os trâmites previstos na Lei Geral de Greve, aplicável às greves no serviço público, bem como em reiteradas decisões dos mais diversos tribunais do País. Em várias assembleias gerais, o Sindeducação trilhou o caminho correto para que a greve fosse deflagrada, primeiro declarando estado de greve, posteriormente o indicativo de greve, sem que a Prefeitura de São Luís durante este período oferecesse proposta além dos 5% de reajuste para os profissionais do magistério, rejeitado à unanimidade pela categoria em assembleia geral".
Nem parece que até alguns meses atrás o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), fazia juras de lealdade ao projeto do senador Weverton Rocha (PDT), na pré-disputa ao Governo do Maranhão, para as eleições de outubro deste ano.
Agora, ao pular do foguete do senador pedetista, Othelino já se mostra em total sintonia fina com o novo governador Carlos Brandão (PSB), pré-candidato a mais um mandato de quatro anos no comando do Palácio dos Leões.
Em visita de cortesia ao governador na última terça-feira, 12, o chefe do Legislativo Estadual disse que está à disposição para contribuir no que for necessário à conquista de novos avanços.
“Sabemos que é fundamental trabalharmos juntos em prol do estado, assim como consideramos importante a preservação desta relação de harmonia, respeito e independência, que buscamos sempre manter em favor dos interesses do povo do Maranhão”, ressaltou Othelino.
O vereador Francisco Chaguinhas (Podemos) lamentou os constantes atques que vem sofrendo, por conta de acusações de uma possível aliança entre ele e o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (sem partido).
Chaguinhas afirmou ser independente e negou que tenha feito qualquer indicação a cargos na atual gestão municipal. Ele também desafio e pediu que a população busque quaisquer evidências contrárias no Diário Oficial do Município (DOM).
“Sou livre, assim como, todos os senhores, cujo mandato é administrado por cada um. Esta euforia faz parte do debate político, no entanto, não adianta fazer firulas e lá na ponta estar só”, declarou.
Chaguinhas disse não possuir lideranças ou familiares trabalhando no município, mencionando ainda que, embora tenha um alinhamento político junto à Prefeitura, está disposto a tecer os comentários os quais achar necessário.
“Tenho sido uma voz crítica à gestão para que ela melhore e apresento aqui os focos: educação, saúde e transporte. Mas acima de tudo, acredito que a democracia deve ser pautada pelo respeito e pela empatia”, concluiu o parlamentar.
O deputado federal Bira do Pindaré (PSB) está colhendo assinaturas para instalar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra de comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas. Também deve ser apurado suposto superfaturamento na aquisição dos medicamentos pelos militares.
Até ontem, 12, o parlamentar maranhense contava com 41 assinaturas, mas para que seja criada a CPI do Viagra são necessárias 141 assinaturas dos deputados.
Já foi descoberta até a compra de remédios para a calvície, próteses penianas, além de polêmicas mais antigas relacionadas a alimentos de alto custo, como picanha, salmão e filé mignon, compradas pelas Forças Armadas.
A Câmara Municipal de São Luís voltou a ter sessões 100% presenciais em plenário, conforme Resolução nº 002/2022, assinada pelo presidente da Casa, vereador Osmar Filho (PDT), por conta da redução dos casos do novo coronavírus na capital maranhense e aumento da imunização da população.
De acordo com o documento, lido na segunda-feira, 11, em plenário pelo vereador Aldir Júnior (PL), que estava presidindo os trabalhos legislativos interinamente, as sessões ordinárias serão realizadas, na forma regimental, no Plenário Simão Estácio da Silveira, cuja presença do parlamentar será registrada apenas de forma presencial.
Segundo o dispositivo, considerando as atuais determinações do Governo do Estado, através do Decreto nº 37.492/2022, que flexibilizaram as regras do uso de máscaras no âmbito do estado, impôs a revisão da decisão.
Anteriormente, as sessões no Palácio Pedro Neiva de Santana, sede do Legislativo Ludovicense, estavam sendo realizadas de forma híbrida. Segundo a Casa, além das sessões presenciais, também ficam liberados o uso de máscaras no prédio.
A Resolução também prevê que ficam mantidas as demais disposições, estando a Secretaria Administrativa autorizada, mediante portaria, a editar medidas complementares.
Por conta da pandemia da Covid-19, a Câmara passou a adotar as sessões virtuais e, posteriormente, híbridas em 2021, com a possibilidade dos parlamentares, que estavam dentro do grupo de risco, participarem de suas residências, regime encerrado nesta segunda-feira com a publicação da resolução.
Foto: Leonardo Mendonça
I Indiciado nesta semana pela Polícia Federal (PF) por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização cri...
