Vereadores de São Luís reagiram à possibilidade de nova greve de motoristas e cobradores de ônibus na capital maranhense, prevista para próxima terça-feira, 14. Os parlamentares alertaram que os rodoviários já decidiram, desde a última segunda-feira, 6, pela deflagração do movimento paredista, reivindicando reajuste salarial de R$ 15% e outros itens essenciais, negados pelos empresários do sistema de transporte.
Para o vereador Álvaro Pires (PMN), primeiro a alertar nas redes sociais, no final de janeiro, sobre a possibilidade de uma greve geral dos rodoviários, o assunto ainda não foi tratado com seriedade pela Prefeitura de São Luís e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).
“É com muita preocupação que vejo esta situação. Desde o mês de dezembro passado, venho alertando que está encerrando o período da data-base, em que empregados e empregadores entram em acordo para discutir a questão salarial. E alertei a SMTT, alertei a cidade e alertei a Prefeitura, mas infelizmente, a Prefeitura não tratou com seriedade e a SMTT não tratou como deveria ter tratado a questão da data-base e infelizmente acabou desencadeando nas próximas horas uma nova greve de ônibus”, frisou Álvaro Pires.
O vereador Marcial Lima (Podemos) corroborou com o colega de parlamento e lembrou que a paralisação está confirmada para a próxima terça-feira que vem e deve gerar um enorme transtorno aos usuários do sistema de transporte público da cidade. “É, a greve está mesmo confirmada para a terça-feira que vem”, disse ele.
Astro de Ogum (PCdoB) também destacou que a greve é prejudicial à população, mas que nesse momento é o único recurso encontrado pelos trabalhadores rodoviários para pressionar os empresários do setor a cumprir com suas obrigações trabalhistas.
“Essa é uma preocupação pertinente e muito séria, que é a questão do transporte público. Aí, volto lá para o vereador Francisco Carvalho, que com suas lutas nesta Casa, implantou uma CPI com muita responsabilidade, onde todo o dia estava presente e pautou um trabalho extraordinário exatamente para resolver essas questões do transporte. Foi entregue um relatório à Promotoria Pública, mas não houve resposta para esta Casa com relação ao funcionamento do sistema de transporte da cidade”, afirmou.