O deputado federal Waldir Maranhão (PP) acabou sendo alvo do mesmo tribunal que abrigou seu filho |
O deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente da Câmara dos Deputados, foi condenado a pagar multa de R$ 930 mil e a devolver quase R$ 10 milhões aos cofres da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), enquanto era reitor, em 2005. As contas da universidade foram reprovadas no último dia 3, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), mesmo órgão em que seu filho, o médico Tiago Augusto Maranhão, recebia fantasmagoricamente quase R$ 7 mil mensais, mesmo morando fora do estado, prestando serviços médicos em São Paulo. O filho do parlamentar respondia como assessor de gabinete do ex-presidente e conselheiro do TCE, Edmar Cutrim.
Segundo o TCE, houve uma diferença de R$ 76 mil entre o saldo da conta "Bens Móveis do Balanço Patrimonial" (de R$ 12.648.390,50) e o inventário Físico-Financeiro de Bens Móveis (de R$ 12.572.390,50); o saldo da conta "Bens Imóveis do Balanço Patrimonial" (de R$ 19.494.690,57), também não equivale ao total do Inventário Físico-Financeiro de Bens Imóveis (de R$ 19.988.915,67), ou seja, uma diferença de R$ 494.225,10.
Outra irregularidade é que não constou na prestação de contas a abertura de crédito adicional de R$ 11.702.515,00, entre outros pontos mostrados pelo TCE. Devido ao erário municipal, o deputado deverá devolver o montante de R$ 9.483.711,36, a ser recolhido no prazo de quinze dias, a contar da publicação oficial do acórdão.
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