Quem não se lembra que o codinome do governador Flávio Dino (PCdoB) é "Cuba", na lista de propina de executivos da Odebrecht, segundo consta em documentos relacionados à Operação Lava Jato. O chefe do comunismo no Maranhão foi citado em delações do ex-executivo da Oderecht, José de Carvalho Filho, que disse em seu acordo que a empresa deu R$ 400 mil para a campanha de 2010 do então deputado federal para o governo do estado. Na oportunidade, "Cuba" perdeu a disputa para a então candidata Roseana Sarney (PMDB).
A delação do ex-executivo foi feita no início de abril deste ano, porém até agora a Procuradoria-Geral da República (PGR) segura uma determinação do ministro Edison Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para que o pedido de abertura de inquérito contra o governador Flávio Dino seja encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A expectativa se volta para a troca de comando na PGR, já que o ainda procurador Rodrigo Janot deve ser sucedido pela subprocuradora Raquel Dogde, escolhida na lista tríplice pelo presidente Michel Temer (PMDB) e vista com bons olhos pelo ex-presidente José Sarney, adversário político do governador Flávio Dino.
Se autorizadas, as investigações devem apurar denúncia de que o comunista tenha recebido a quantia de R$ 400 mil da Odebrecht, de forma ilícita, em troca de sua então atuação na Câmara dos Deputados, a favor de interesses de projetos da empresa, com bônus para a eleição de 2010 ao governo do Maranhão.
O despacho determinando a remessa do pedido de investigação ao STJ é do dia 4 de abril.
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