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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Oposição ao prefeito na Câmara pode ganhar forças que lotariam um ônibus


A troca no comando da Saúde no município de São Luís deve crescer a base de oposição ao prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT/foto), nas hostes da Câmara de Vereadores. Reeleito com o apoio da maioria no Legislativo para mais um mandato de quatro anos, a gestão do chefe do Executivo passou por várias insurgências de aliados ao longo do primeiro semestre deste ano e ao que tudo indica, iniciará o segundo semestre com a possibilidade de aumentar ainda mais o grau de insatisfação em sua base de apoio.

A dramática exoneração da então secretária municipal de Saúde, a médica Helena Duailibe, deve acirrar os ânimos já a partir do dia 1º de agosto, quando os vereadores retomam os trabalhos na Câmara, após o recesso, momento em que os discursos inflamados devem se voltar para o mais recente fato político na capital maranhense.

Não poderia ser diferente já que o vereador Afonso Manoel (PRP), esposo da demissionária Helena Duailibe, dá mostra clara de que não ficou nada satisfeito com a atitude intempestiva do prefeito Edivaldo. Até antes das férias na Câmara, o parlamentar era um dos ferrenhos defensores do gestor municipal, tendo inclusive trocado farpas com o colega de parlamento, Marcial Lima (PEN), por conta do edil ter criticado a gestão na Saúde e por conta do município ter cortado cerca de R$ 2 milhões da pasta, ampliando a crise no setor.

A médica Helena Duailibe e o vereador Afonso Manoel
No entanto, Afonso Manoel deve engrossar o coro oposicionista na Casa ao lado de vereadores como Francisco Chaguinhas (PP), Estevão Aragão (PSB), Professor Sá Marques (PHS), Cézar Bombeiro (PSD) e outros que têm se mostrado insatisfeitos com a política isolacionista adotada pelo prefeito Edivaldo.

O vereador Afonso Manoel parece não engolir mesmo a forma depreciável como sua esposa foi demitida, pelas redes sociais, depois de ter prestado relevantes serviços à pasta, ter sido nas eleições de 2016, o esteio na campanha à reeleição do gestor pedetista e de ter segurado a barra da gestão municipal desde 2014, quando ninguém mais acreditava na reviravolta da administração na capital maranhense.

Para Afonso Manoel, o preço foi alto demais e a contrapartida foi a humilhante exoneração da então titular da Semus. "Os amigos são testemunhas do passado e eles são nossos espelhos, que através deles, podemos nos olhar", destacou o parlamentar ainda ressentido com a atitude imposta contra sua companheira de todas as horas.

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