Dois casos suspeitos de intoxicação por metanol que estavam sendo monitorados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão foram oficialmente descartados. A informação foi confirmada pelo secretário da pasta, Tiago Fernandes, que também reforçou o alerta à população para evitar o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.
De acordo com a SES, os pacientes haviam sido atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Parque Vitória e de Paço do Lumiar. Um deles foi transferido para uma unidade de alta complexidade, onde segue recebendo cuidados médicos, enquanto a outra paciente apresentou melhora e já recebeu alta.
Em nota oficial, o secretário informou que o Maranhão não possui registros confirmados de intoxicação por metanol. As notificações feitas pelas unidades de saúde foram analisadas e clinicamente descartadas.
“Informo que foram descartados dois casos suspeitos de intoxicação por metanol, que estavam sendo monitorados pela Secretaria de Saúde. Os pacientes receberam atendimento nas UPAs do Parque Vitória e de Paço do Lumiar. Mesmo sem nenhum caso confirmado no Maranhão, mantemos o alerta: evite consumir bebidas de origem desconhecida. Seguimos atentos e trabalhando com responsabilidade e transparência”, afirmou.
A preocupação das autoridades de saúde ocorre em meio ao aumento de casos no país. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já soma 32 confirmações de intoxicação por metanol, com 181 casos suspeitos em investigação e cinco mortes registradas, principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
O ministério e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantêm alerta nacional para que o público não consuma bebidas de origem desconhecida e denuncie locais suspeitos. A orientação é procurar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas como visão turva, dor abdominal, náuseas ou falta de ar após a ingestão de álcool.
Em razão do surto, o Ministério da Saúde, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), também emitiu recomendações aos profissionais de saúde sobre o tratamento da intoxicação por metanol. As medidas incluem diagnóstico precoce, uso de antídotos como etanol ou fomepizol, encaminhamento dos casos graves para UTIs e notificação imediata às autoridades sanitárias.
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