O secretário Ricardo Murad conversa com o arcebispo Dom Belisário |
Da coletiva, coordenada pelo arcebispo de São Luís, dom José Belisário, também participaram o coordenador da Associação da Periferia do Maranhão (ASPMA), João Maria Van Damme; o bispo auxiliar de São Luís, dom José Carlos Chacorowski; a procuradora geral de Justiça, Fátima Travassos; padres, diáconos e seminaristas.
Ricardo Murad disse acreditar que todo o brasileiro, hoje ou amanhã, vai depender do Sistema Único de Saúde (SUS) e a Campanha da Fraternidade tem um objetivo extraordinário, que é chamar a atenção de toda a comunidade política, econômica e social para olhar o SUS de forma diferente. “Esta iniciativa da Igreja Católica, de colocar a saúde pública como tema da campanha para todos, significa que devemos estar integrados no fortalecimento do SUS”, ressaltou ele.
O secretário lembrou que mais de sete bilhões de brasileiros têm direito assegurado de atendimento de saúde pública de qualidade, com acesso universal e gratuito. Segundo ele, 65% dos brasileiros dizem que o maior problema do país hoje é a saúde pública. “O nosso grande desafio é eliminar os gargalos. Implantamos novos leitos de UTI, construímos e equipamos novas unidades de urgência e emergência, capacitamos os profissionais e agora estamos implantando os centros de medicina especializada para eliminar as filas em busca de atendimento”, informou.
Foram inaugurados o Centro de Medicina Especializada para diabéticos e hipertensos (antigo Hospital Riod), os da Cidade Operária e do Vinhais, e os mesmos serviços estão sendo implantados na Vila Luizão e no Genésio Rêgo. “Também estamos reestruturando o setor público com a nova Programação Pactuada Integrada (PPI) que está sendo elaborada com a participação democrática e popular, de acordo com a necessidade de cada região, para que o cidadão seja atendido em sua região”, completou Ricardo Murad.
Dom José Belisário afirmou que desde 1988, com a criação do SUS, avanços significativos foram conquistados e que muito ainda precisa ser aprimorado. Ele lembrou que a mortalidade infantil foi diminuída drasticamente e a distribuição gratuita de medicamentos tem contribuído para prolongar a vida de pessoas portadoras do vírus HIV/Aids e outras doenças crônicas. “A campanha da fraternidade quer chamar a atenção para estes problemas que ainda persistem, como a falta de leitos e de consultas, para que possamos chegar ao nível de outros países”, acrescentou.
Membro do Conselho Municipal de Saúde, padre João Maria Van Damme, afirmou que a saúde pública tem passado por grandes transições. “A saúde deixou de ser centrada nos hospitais e nos doentes e passou a dar prioridade à atenção básica de saúde e à integração dos movimentos sociais. Acreditamos que somente chegaremos a um serviço de saúde pública eficiente se tivermos a articulação entre as esferas federal, estadual e municipal e um efetivo controle social”, declarou.
Ao final, Ricardo Murad declarou total apoio do governo estadual e, em especial da Secretaria de Estado da Saúde, às ações da Igreja Católica no que diz respeito à melhoria dos serviços públicos de saúde.