Teve início na manhã desta quinta-feira (18) a paralisação de advertência da Polícia Civil do Maranhão. Com exceção dos delegados, paralisaram as atividades investigadores, escrivães, comissários, operadores de rádio e motoristas policiais. A Adesão foi feita pela maioria dos policiais em vários municípios do Estado.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (SINPOL), Fabrício Severo Filho, cerca de 70% da categoria suspendeu as atividades, conforme diz a lei, mantendo 30% de funcionamento. “Em são Luís funcionam os quatro plantões centrais: REFFSA, Cidade Operária, Cohatrac e Vila Embratel. Todos em regime de 24h, para atender a sociedade nos casos de emergência, assim como nas demais cidades que aderiram à paralisação”, informou.
Estão à frente do movimento paredista o SINPOL e a Associação dos Policiais Civis do Maranhão (ASPECMA). Aderiu a causa a Associação de Polícia Técnico Científica do Maranhão (APOTEC), abrangendo as categorias de Peritos Criminais, Médicos Legistas, Toxicologista e Farmacêutico Legista.
“Necessitamos de melhor estrutura de trabalho, como por exemplo, mais laboratórios criminalistas. Nossa estrutura está pequena e não temos para onde crescer. Estamos lotados na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o que nos desfavorece na logística de deslocamento para várias localidades”, destacou a presidente da entidade, Kelly Veiga. Estão suspensos os agendamentos de perícia e exames de legista. Apenas funcionam os atendimentos de emergência.
A concentração da categoria está no Plantão Central da REFFSA, situada na Avenida Beira-Mar, Centro. Após essa primeira paralisação de advertência, já está programada uma nova paralisação nos dias 24, 25 e 26 de setembro, bem como de 13 a 17 de outubro, conforme decisão soberana da última Assembleia Geral de Trabalhadores Policiais Civis. Caso não sejam atendidas as solicitações dos Policiais Civis, no dia 17 de outubro será deliberada greve geral por tempo indeterminado.
Entre as principais pautas de reivindicação está o não cumprimento do Estado da implantação da Gratificação de Dedicação Exclusiva, cuja sentença transita em julgado. Além disso, são várias as dificuldades enfrentadas pela categoria na capital e no interior do Estado, principalmente a falta de estrutura das delegacias. O efetivo reduzido também tem se tornado um problema cada vez mais evidente, contribuindo para a instauração do caos na Segurança Pública do Estado.