Professores da rede municipal de ensino de São Luís decidiram, em Assembleia Geral Extraordinária, no último sábado, 27, no auditório da Assembleia Legislativa, paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir de agosto, após o período de férias escolar. A categoria fechou questão pela deflagração de greve geral, alegando que haveria intransigência da Prefeitura de São Luís, que teria finalizado a mesa de negociação sem oferecer nenhum reajuste para os profissionais do magistério.
Na oportunidade, a presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da capital, Elisabeth Castelo Branco, disse que professores e alunos sofrem com as péssimas condições das escolas, que não têm nenhuma infraestrutura. Segundo ela, falta iluminação nas salas, ventiladores, merenda escolar, material pedagógico, condições de salubridade para o desenvolvimento das prática pedagógicas.
“Negociamos até a última oportunidade, até quando a Prefeitura de São Luís resolveu encerrar a mesa de negociações no item financeiro, oferecer 0% de reajuste, ou seja, nada. Mostramos os números e questionamos sobre o pagamento do magistério, mas mesmo assim não fomos ouvidos. Desde 2013, as conquistas dos nossos direitos sempre envolvem muita luta e depois de todo esse tempo a Prefeitura de São Luís quer negar o que é nosso. Não podemos aceitar e a greve é o nosso instrumento constitucional para cobrar da Prefeitura o que é nosso por direito”, disse a professora Elisabeth.
Ela informou que a proposta de reajuste salarial deliberada em assembleia e encaminhada à Prefeitura de São Luís é de reajuste de 7,64%, mais o parcelamento das perdas salariais que chegam a 16,07% e ainda uma gratificação de incentivo a docência de R$ 400,00 para os professores efetivos.
"No entanto, a alegação da Prefeitura de São Luís continua sendo a atual conjuntura do país que vivencia uma crise financeira sem precedentes. Acontece que o prefeito Edivaldo Holanda Junior vem massacrando o sistema educacional de São Luís e nesse governo o direito de alunos e professores são descumpridos diariamente desde 2013, época em que o gestor assumiu o poder municipal", desabafou a dirigente sindical.