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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Professores de São Luís decidem 'cruzar os braços' a partir de agosto


Professores da rede municipal de ensino de São Luís decidiram, em Assembleia Geral Extraordinária, no último sábado, 27, no auditório da Assembleia Legislativa, paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir de agosto, após o período de férias escolar. A categoria fechou questão pela deflagração de greve geral, alegando que haveria intransigência da Prefeitura de São Luís, que teria finalizado a mesa de negociação sem oferecer nenhum reajuste para os profissionais do magistério. 

Na oportunidade, a presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da capital, Elisabeth Castelo Branco, disse que professores e alunos sofrem com as péssimas condições das escolas, que não têm nenhuma infraestrutura. Segundo ela, falta iluminação nas salas, ventiladores, merenda escolar, material pedagógico, condições de salubridade para o desenvolvimento das prática pedagógicas.

“Negociamos até a última oportunidade, até quando a Prefeitura de São Luís resolveu encerrar a mesa de  negociações no item financeiro, oferecer 0% de reajuste, ou seja, nada. Mostramos os números e questionamos sobre o pagamento do magistério, mas mesmo assim não fomos ouvidos. Desde 2013, as conquistas dos nossos direitos sempre envolvem muita luta e depois de todo esse tempo a Prefeitura de São Luís quer negar o que é nosso. Não podemos aceitar e a greve é o nosso instrumento constitucional para cobrar da Prefeitura o que é nosso por direito”, disse a professora Elisabeth.

Ela informou que a proposta de reajuste salarial deliberada em assembleia e encaminhada à Prefeitura de São Luís é de reajuste de 7,64%, mais o parcelamento das perdas salariais que chegam a 16,07% e ainda uma gratificação de incentivo a docência de R$ 400,00 para os professores efetivos.

"No entanto, a alegação da Prefeitura de São Luís continua sendo a atual conjuntura do país que vivencia uma crise financeira sem precedentes. Acontece que o prefeito Edivaldo Holanda Junior vem massacrando o sistema educacional de São Luís e nesse governo o direito de alunos e professores são descumpridos diariamente desde 2013, época em que o gestor assumiu o poder municipal", desabafou a dirigente sindical.

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