Editorial
Por Mario Carvalho, jornalista e radialista
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, na última sexta-feira, 8, e já mostra disposição suficiente para continuar na trincheira de um campo de batalha contra o radicalismo e o ódio dos conservadores bolsonaristas de plantão.
Basta analisar atentamente o que disse o ex-presidente: "Nós vamos fazer muita luta. E não é um dia de luta, passar três meses e depois voltar, não. É todo dia". Na oportunidade, Lula convocou os jovens a ocupar as ruas em todo o país: "Freixo, Haddad, Boulos, PCdoB e que a gente esteja na rua e sobretudo com a juventude".
A soltura do ex-presidente petista passa ser a partir de agora mais um marco histórico na vida política brasileira. Lula passou 580 dias detidos num quarto da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Ao deixar o cárcere, o ex-presidente disse que o Brasil precisa fazer igual ao povo do Chile e da Bolívia e atacar, não apenas se defender.
Para Lula, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) piorou a condição de vida dos cidadãos brasileiros e por isso, conclamou a Nação para se manifestar nas ruas, de forma pacífica.
"O povo ficou mais pobre, o povo tem menos saúde, o povo tem menos carro, o povo tem menos emprego. Não tem ninguém que conserte este país se vocês não quiserem que conserte. Não adianta ficar com medo com as ameaças que eles fazem na televisão de que vai ter miliciano, que vai ter AI5".
O ex-presidente lamentou que sua prisão tenha sido política e que foi graças à sua detenção forçada [em segunda instância] que o atual presidente Bolsonaro se elegeu."Eu não sei se vocês perceberam uma falha na fala do Bolsonaro de quinta, ele chegou a confessar que ele devia as eleições ao Moro. Na verdade ele deve ao Moro, ele deve aos juízes que me condenaram e ele deve à campanha de fake news que fizeram contra o Fernando Haddad".
Como se pode observar, o velho Lula de outrora está de volta e agora é esperar pra saber o que virá daqui pra frente.