Homem, branco, católico, casado e com filhos. Esse é o perfil predominante entre juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores no Brasil, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A pesquisa revela que as mulheres, ainda uma minoria nos tribunais, enfrentam barreiras para progredir na carreira e que magistrados com parentes no meio ascendem com mais frequência.
De acordo com o relatório “Perfil Sociodemográfico dos Magistrados – 2018”, a participação das mulheres no Judiciário ainda é menor que a de homens – 37% mulheres e 63% homens. A desproporção, porém, diminuiu na comparação com a década de 1990, quando elas representavam apenas 25% da magistratura.
Fora do funil
A pesquisa indica, no entanto, que as mulheres ainda progridem menos na carreira jurídica em comparação com os homens. Quanto mais alto o degrau, menor a presença feminina. Elas são 44% no primeiro estágio (juiz substituto), quando competem com eles por meio de provas objetivas, e correspondem a 39% dos juízes titulares.
O número de juízas se torna menor daí em diante: as mulheres ocupam apenas 23% das vagas de desembargadores e 16% de ministros dos tribunais superiores.
Com informações do Congresso em Foco
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